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terça-feira, 18 de março de 2014

A alcunha de fofoqueiro


O mano (irmão), caçula da família, acumulou desconfiança no irmão. O relacionamento, vida afora, mantinha intensa admiração e conversação. O crédito vinha em alta conta!
Os diálogos enfocavam acontecimentos e negócios. O ingênuo contava os bons e maus ocorridos. A contrapartida, no primogênito, carecia de prevalecer nas convivências!
O fiel amigo e parceiro, bem sucedido no financeiro, viu-se enciumado e invejado. A alcunha de fofoqueiro externou-se na família. O conhecimento levou ao término dos relatos!
As particularidades deixaram de ser comentadas ou omitidas. Ocasionais conversas e diálogos ficaram nos genéricos. As ceias e encontros viram-se diluídas e escassas!
A solução, na carência da amizade, foi seguir a existência. Os irmãos, nos respectivos cantos, viveram seus dias. Cunhadas e rebentos acentuaram comentários e concorrências!
Os excessos, no geral, resultam em brigas e intrigas. As famílias, nas querelas, acumulam desconfianças e diferenças. Alguém, no proposital, reforça aborrecimentos!
Os negócios, para terem sucesso, exigem atuação e discrição. As fofocas, aos alheios ouvidos, aconchegam-se cedo no imprevisto!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://juninhoadm.blogspot.com.br/