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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A ilusão das raposas


     

     A raposa, como muitos de qualquer espécie, achava-se um ser privilegiado da natureza, quando o Criador abençoou-a com o vigor do cheiro.
    Esta,  acrescida da inteligência, achava-se astuta e sábia, quando desafiava frutíferas e poleiros. Ela, na sua compreensão, entendia-se resguardada de maiores adversários. A inconveniência do perfume (natural) afugentava quaisquer inimigos, porque pareciam sufocar a muitos. A espécie, a cada aurora e crepúsculo, agradeciam ao Todo Poderoso por tamanha dádiva, quando ostentava alegria de peregrinar e viver.
      A espécie, por milênios, parecia viver imune a maiores oponentes, quando a realidade mudou com o “achado da América”. Os forasteiros, através de navios, trouxeram a cachorrada! Os caninos a partir do cheiro, movem uma perseguição implacável as raposas. Qualquer galinheiro ou pomar costumamente mantém a cilada canina, quando a alegria e o orgulho desses animais consiste em  exterminar semelhantes.
    As aparentes  dádivas, conforme  o contexto, possuem o lado bom e ruim! Certas ilusões perseguem as espécies! As virtudes atuais, no amanhã, poderão ser adversidades ou  continuas conveniências!

Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”.
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://zayandder.webnode.com.br/a-raposa-brasileira/ 

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