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quarta-feira, 25 de junho de 2014

O conhecido árbitro


O cidadão, adepto e conhecido no futebol amador, “arranjou bico”. A arbitragem, no contexto dos finais de semana, somaria valores ao salário. O ganha-pão tomou vulto!
A coitada mãe, ofendida nos nomes de desprezível calão, abonaria a situação. As dificuldades, nos imperativos financeiros, ponderaram alto comparadas aos ocasionais insultos!
O camarada, nos campos da várzea, gerenciou dezenas de jogos. O público, no geral, reconhecia a imparcialidade na arbitragem. Os apegos e conhecimentos foram multiplicados!
O árbitro, na batente, tornou-se referência nas paragens. A gurizada, no campo ou torcida, apreciava as partidas nos bairros e vilas. A camaradagem mostrava-se fortuna!
O indivíduo, na certa noite, andou pelas travessas da média cidade. O assalto, na arma de fogo, tornou-se ensaio. A insegurança, na impunidade, disseminou a criminalidade!
A dupla de jovens, no intuito do dinheiro fácil, arriscou a sorte. O mau elemento, no acaso, assinalou o dito-cujo. O acontecimento, de contíguo, levou a reavaliação da ação!
O marginal, ao comparsa, falou: “- Parceiro sujou! O sujeito mostra-se dos nossos. O magrão revela-se aquele juiz das peladas”. Outra vítima, no azar, pagou provável “pato”!
Os residentes, nas periferias urbanas, identificam amigos e quinhoeiros. Os inconsequentes, por migalhas e ninharias, colocam cabeça a prêmio!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: www.lazeresportes.com