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quinta-feira, 23 de maio de 2013

As precauções do inverno



O veranico achegou-se a bater nas portas e rostos! Os dias e semanas, do aparente ano recém iniciado, transcorrem apressados. O tempo, depois de certa idade, escorre a mil!
Os animais, no calor de outono, estendem-se ao sol. As folhas, nos inúmeros vegetais, caiem de forma adoidada. Algumas espécies, sobretudo aves, tomam o rumo norte (dos climas mais amenos). Os prenúncios das chuvas, nos ares subtropicais, encontram-se no compasso de espera (na proporção do avanço das frentes frias com a declinação solar).
Alguns humanos, dentro das ocupações de rotina, antecipam-se nas necessidades e obrigações. Os plantadores tratam de colher as últimas colheitas. Os anciões, com suas pretensões de fogo no inverno, procuram recolher gravetos, lenhas e palhas. Os criadores preocupam-se em limpar estrumeiras e instalações...
O frio aconchega-se nos próximos dias ou horas! As reservas, como precaução, mostram-se armazenadas e estocadas. As condições meteorológicas, na sequência de calor, chuva, frio e umidade, necessitam de sabedoria para serem suavizadas. Os descuidosos e relapsos apanham feio com as agruras do tempo!
Os espertos daí carecem de correr nas chuvas, frios e serenos! Estes, no resguardo das construções, tentam evitar gripes e resfriados! A esperteza das abelhas e formigas, com suas reservas alimentares e moradias sólidas, servem de belas e excepcionais lições de vida.
“O homem prevenido vale por dois!” O sábio antecipa necessidades com razão de resguardar-se dos infortúnios e intempéries. O aconchego, próximo ao calor do fogão, mostra-se uma benção e dádiva nos tempos adversos e impróprios das chuvas e frios de inverno.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: https://psicenter.wordpress.com

A leitura dos enigmas da alma


Certo colono, no exemplar pomar, vivia a apreciar e degustar saborosas frutas. As plantas, por ter sido adubadas e plantadas por suas mãos, pareciam assumir uma consideração e gosto especial.
O colonial, na sua singela experiência de homem da terra, conhecia perfeitamente a diferença entre as frutas. Os inúmeros anos, em meio aos pomares, tinham-lhe ensinado certos segredos da fruticultura!
As bergamotas, laranjas e limas, com maior insolação, revelavam-se as mais adocicadas e saborosas. As picadas, pelos insetos, cedo revelaram-se doentes e podres. Outras, de muito maduras, apodreciam ou caiam dos pés... Os olhos, pelo conhecimento da experiência, mostravam-lhe essa singela realidade.
O idêntico aplica-se a fisionomia das pessoas. Os olhos, através da leitura das faces, permitem a leitura dos segredos. A diferença, entre adoentadas, amadas, infelizes, solitárias e tristes, salta aos olhos aos entendidos das ciências do espírito!   
Os especialistas, estudiosos da alma humana, precisam só saber fazer a leitura das aparências e características da fisionomia! A realidade existencial, de cada qual, encontra-se impregnada! A habilidade consiste somente em decifrar os escamoteados enigmas!
A realidade revela-se nas entrelinhas dos fatos e vivências. O cidadão pode enganar a muitos, porém não consegue a todos. A vida, com os muitos dias, cria e ensina certas filosofias e sabedorias.
                                                                       
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da  imagem:http://jalternativo.hospedagemdesites.ws/?p=854