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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Os áureos tempos

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O sujeito, em indenizado operário, convivia em alusões e glórias. As falas, na família, acorriam nas banais menções. Os costumes, nos passeios, viam-se engrandecidos e invejados. Os obséquios, no variável feitio, caíam em combinados e promovidos. As turnês, em parentes distantes, acudiam em frequente data e mutável roteiro... A vida, na folia, caía em persistidos comes e aprazas. A bela camioneta, no agrado, aliava compartes e caronas. Os escambos, em tráficos (distantes), conduziam nas massivas compras e recomendas. As pescas, em remotas paragens, submergiam distração e estação... O fato, em parca época, alterou-se no todo. O benefício, no contínuo arrocho, diminuiu ganhos. As reservas, em ínfimas, viram-se combalidas. A arte, na pouca grana, caiu em “diminuir-se nos cantos e recantos”. As aventuras, em economia, viram-se subtraídas. Os obséquios, em cobertura, calharam na precisão. A estada, na casa, notou-se acrescentada... A pessoa, na estima, acode no alcance da grana.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://euestoudirigindo.blogspot.com.br/

A instituída solidão

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A cidadã, no decurso do tempo, acudiu na absorção da praxe. A migração, no campo-cidade, acudiu na alteração (da primazia e valor). As clássicas visitas, em “casas entulhadas de gente”, caíram na eliminação e rejeição. Os donos, no trivial (das hospedagens), advêm no ônus (dos consumos e serviços). Os múltiplos, em ditos amigos e parentes, afluem em “apinhado de calculistas”. A pessoa, no valor, acorre na extensão das ofertas (em vantagens). O constituído, no modelo urbano, acorre na abstinência (das visitações). O intuito, na conduta, versa em “não fazer com razão de não receber visitas”. Os exageros, em coleguismos (nos convívios), pulsam em fobia e tempo. As afinidades, no comum, subsistem na mera saudação e troca de palavras (breves). Os comentos e intrigas, na “ciência do alheio refúgio”, caem em ambição e suspeita. As energias, em negações, conferem-se inseridas (no recinto). A solidão, na convivência urbana, rui no cercado de iguais. Amigos, em cifra, advêm em unidade.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://www.gazetanoar.com.br/