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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O sútil procedimento


A dita-cuja, no ambiente da vila, assentava-se no puxado. A família, na folga do meio dia, nutria parco convívio. A conduta, na suspeição urbana, incorria na circunvizinhança!
O clima artificial, nas sucessivas horas de labuta (no interior da residência), consistia no cansaço e enjoo. A pausa, na atmosfera do asfalto e concreto, abafava estresses e neuroses!
Acontecimentos, na leitura do jornal, entravam na apreciação. As matérias, na parte esportiva e policial, sucediam no melhor interesse. As conversações advinham no descaso!
O detalhe relacionou-se a postura. O vizinho, pouco apreciado e estimado, recebia continuamente as costas. O objetivo incidia em evitar esporádicos contatos e conversas!
Os questionamentos, nos equívocos, advinham nas lembranças. O alambrado, na baixa elevação, facilitava conversa e visão. A chacota, na concorrência esportiva, caía no desgosto!
As pessoas, nos contornos, costumam cultivar desconfianças e implicâncias. Os excessos, na camaradagem, geram comentários e falatórios. Um bom vizinho lê-se presente!
As espertezas, no convívio diário, saltam aos alheios olhos. As pessoas, no contexto da agitação e massificação, procuram discrição e solidão!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://blog.marciafernandes.com.br/