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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A essência das inquietações



A esposa, no alojado do interior da residência, nutria constante necessidade e preocupação. Os sonhos de consumo, na ideia da dignidade e qualidade de vida, aconteciam na insatisfação do espírito. As conversas, no diálogo do casal e lar, incidiam na “deficiência disso e daquilo”. Os dispêndios, no vício do consumo, ocorriam nas demasias e desperdícios. O esposo, na classe de assalariado, sucedia nas jornadas e poupanças. Os juízos, no inicial dos projetos, sobrevinham no angariar do dinheiro. Quaisquer tarefas, na ânsia do salário, ocorriam nas atenções e ocupações. O fato descreve: “Quem prioriza os frutos, carece do tempo aos dispêndios”. A boa associação, na aliança, cai no recíproco domínio de gastos e sobras. A esperteza financeira, nas receitas, prioriza destreza e tempo. Os consumidos, no inferior, sobrepõem os lucros. O cônjuge, no intenso trabalho, carece de ajuntar na extensão da consorte (no sombrio) desperdiçar no domicílio.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.ganhesempremais.com.br/