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quinta-feira, 16 de maio de 2013

O milagre do trabalho



Um senhor, com uma mão na frente e outra atrás, trabalhou pesado para avolumar patrimônio. Este queria fazer alguma reserva familiar aos eventuais infortúnios e velhice!
O cidadão, numa ocasião, comprou uma descampada área/potreiro. Um aparente banhado, nas enchentes ocasionais, via-se localizado a beira do arroio. A solução consistiu em aterrar, cercar, construir... A mudança drástica, no ambiente, viu-se alterada e modificada! 
O fulano, nos anos subsequentes, acabou gastando uma fortuna em cimento, mão de obra, ferro e pedras. As melhorias, de forma pacienciosa, faziam-se constantes dentro das possibilidades. Ele, com a chegada da cidade, constituiu um patrimônio ímpar.
O capital inicial, com a especulação imobiliária, multiplicou-se em unidades de milhar para dezenas de milhares. O espaço, em poucos anos, viu-se cercado com arranha céus, casas, consultórios, fábricas, lojas... As propostas de venda eram frequentes de parte do terreno!
Este, na velhice, admirou-se: como pude fazer tamanha façanha! Os limitados recursos financeiros permitiram tão grande obra! O poder, em realizar algum modesto investimento e tarefa cotidiana, tinha resultado num majestoso e valioso empreendimento.
O indivíduo, amontoando e empilhando algumas pedras e terra a cada dia, edifica pirâmides. O humano, como constrói do nada, pode também destruir em segundos obras duma existência inteira. O trabalho não mata ninguém e revela-se um ótimo passatempo!

Guido Lang
“Singelas Fragmentos das Histórias do Cotidiano da Existência”

Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org

Um singelo cumprimento!



Os vizinhos, a uns bons anos, residem poucos metros de distância. As conversas e diálogos mantinham-se uma impossibilidade ou raridade! Cada morador cuidando das suas necessidades e obrigações!
As relações nunca implementaram maior vulto. As pessoas, nas cidades, fazem descaso das vizinhanças. Elas ostentam-se desconfiadas e querem viver na discrição dos muros e paredes! O indivíduo, salvo as exceções, pode contar unicamente com os próximos da família!
Dois vizinhos, numa tumultuada fila de mercado, encontram-se a fazer apressadas compras. Um não enxerga o outro há semanas! A questão consiste em fazer-se de indiferente ou iniciar alguma conversação/diálogo!
Um, em meio ao punhado de gente, toma a dianteira. Este, em bom tom e viva voz, exclama: “- Oh vizinho! Pelo menos um bom dia! Um cumprimento não faz mal a ninguém!” Outros acharam graça da situação!
Este deu uma boa gargalhada e retribuiu a gentileza! O relacionamento, daquele momento em diante tomou vulto nas relações. O cumprimento, entre as partes e famílias, fizeram-se um hábito. Os negócios, lá adiante, tomaram vulto!
Um princípio, como sabedoria popular, afirma: “Melhor um vizinho próximo do que um irmão distante”. Numa extrema emergência/socorro apela-se a quem? Os humanos, como seres sociais, precisam um do outro: não tem outra alternativa!
Um bom dia, boa tarde ou boa noite carecem de maiores desgastes e dispêndios! Os cumprimentos, no final das relações, fazem incrível diferença nas amizades e relacionamentos. O carismático vê os estranhos e próximos como companhias e parcerias!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://dicassobresaude.com