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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

O oásis colonial

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O cidadão, na tenra idade, foi criado nas colônias. Este, depois de décadas de trabalho na construção civil, aposentou-se da dura sina. O destino, para velhice, foi residir numa praia!
Há algumas centenas de metros instalou-se do mar. A família adquiriu alguma inóspita área. As melhorias, em poucos meses, transformaram o adverso cenário dos terrenos!
Um ocupado com moradia, jardim e pomar! Outro no cultivo das plantas. Os naturais, em função da comum maresia e estéril solo, diziam ser perda de tempo insistir em plantações!
O construtor, com singelo muro, improvisou proteção. O solo arenoso, com reforço em matéria orgânica, viu-se vigorado. As culturas, num oásis, passaram a crescer e frutificar!
Abóbora, aipim, batata, cebola, chuchu, melancia, pimentão, tomate, temperos, vargem produziam de forma abundante. O milagre instalou-se no modesto balneário!
Os visitantes, na milagrosa lavoura, admiravam-se da abundância e variedades de espécies. O exemplo mostrou-se ensaio para outros ousados empreendedores e inovadores!
O conhecimento e trabalho, através das milagrosas mãos, instalaram a revolução! O consumo, de artigos alheios aos agrotóxicos, “ganharam coragem e sabor na degustação”!
O indivíduo, em terras brasileiras, “plantando sempre dá”. A natureza ostenta-se generosa e milagrosa para quem dispensa atenção e trabalho!
                                                                                 
Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”


Crédito da imagem: https://br.freepik.com

O esplêndido dia

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O amigo, numa curta e rápida viagem, mantém uma singela conversa com o vizinho. O tema, na improvisada conversa, relaciona-se às condições e previsões meteorológicas do dia!
O cidadão, senhor tarimbado no tempo, proferiu excepcional fala. Este, a partir da sacada, efetuou ímpares gestos e inesquecíveis palavras. O ato salientou-se pelo exagero!
A síntese, no geral, consistiu: “- O dia promete ser esplêndido. O melhor dos últimos tempos. O sorridente sol promete abençoar os inúmeros ambientes e gentes!”
O viajante, no retorno, deparou-se com ímpar movimentação. A moradia do beltrano viu-se tomada de gente. A pergunta, de imediato, relacionou-se a razão da anormalidade!
A chocante notícia, de fazer cair o queixo, foi repassada. O ímpar dia, num ataque fulminante, havia ceifado a existência. O camarada, no caixão, via-se no local em pleno velório!
A excepcional alegria, sem precedentes, seria prenúncio da derradeira partida? Assemelhados exemplos, em momentos finais, descrevem idêntica satisfação de espírito!
A imprevista partida, no assombro e dor dos familiares, assemelha-se a transformação de estado. Uns, pela grandiosidade e bondade d’alma, recebem antecipadas chamadas!
A morte, como sutil sombra, esconde-se na encruzilhada das vivências. Os enigmas, entre o céu e a terra, desafiam ciência e racionalidade!
                                 
                                       Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: https://www.elo7.com.br