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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Os agouros da estação



Os dias ensolarados, nos desenlaces da invernia, ostentavam ares da primavera. A fauna e flora, na renovação e reprodução, advinham na instigada folia. Os campesinos, na fúria dos cultivos, mantinham-se atarefados e sorvidos. A inquietação, no acréscimo consecutivo da insolação, começara na ansiedade das chuvas. O sossegado residente, criado e residido nas artimanhas do natural, notou cancha e minúcia das formigas. Os ninhos, na proporção dos lugares (secos ou úmidos), incidiam altos ou baixos. O divulgado, na leitura das entrelinhas, sinalizava intensas e sofridas pluviosidades. Os achegados, no prenúncio, foram advertidos e norteados nas precisões dos arranjos e cuidados. A interrogação caía: “como fulano sabe dos agouros do tempo?” As oscilações, no decurso, materializaram os apregoados e reparados. Os minúsculos entes, na estadia delongada (astro Terra), auferiram especialização no desígnio e pormenor da natureza. As leituras, na atmosfera, evitam aborrecimentos e contratempos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: https://www.portalvital.com