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sábado, 17 de outubro de 2015

A proposital falta


As descendências, em prestigiadas ascendências, promovem os habituais encontros de família. Os lugares, na ativa instalação da sucessão, costumam ser indicados e realizados. Uma comissão, na fortuita eleição, assume encargo do festejo e reunião. O aparentado, no dia agendado, aflui à festa. O enxerido, na frequência em numerosos eventos, averiguou modo dos “medalhões”. As afamadas figuras, no cartaz do sobrenome, incidem na ausência e descaso. Os personagens, na alegação dos problemas profissionais, incidem na clássica falta. O receio, em custos e requeridos, sucede na desconfiança e suspeição. Uns, na dimensão do progresso e sucesso, rejeitam no oculto os humildes e pacatos. A pessoa, na divulgação de alongada antecedência, cai na dificuldade da justificação: falas advêm na esfarrapada desculpa. A pessoa, na variedade da estirpe, encontra os aforados, remediados e perdidos. O ser humano, na questão dinheiro e parente, vê-se melindroso e sensível.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://pensandoemfamilia.com.br/