Translate

terça-feira, 11 de agosto de 2015

A dissimulada orientação



A atendente, na condição de caixa de armazém, recebeu acobertada orientação. A fórmula, nos módicos centavos, cairia no troco de balas. Os clientes, no banal, aceitavam acanhada extração. As míseras frações, no genérico, pareciam indiferença. A mercearia, nas centenas de clientes, ampliava vendas e robustecia lucros. A beltrana, na classe de economista (autoditada), procurou assombrar e inovar negócio. Os parcos centavos, na gama de guloseimas, foram conservados e organizados no invólucro. A coleção, no fecho de semanas, somou dezenas no granel. O diário, nas compras, representava algumas unidades. A cidadã, na sensata altura, achegou-se no volume. As mercadorias, no habitual, foram apanhadas nas prateleiras. A cobertura, no caixa, tornou-se fábula. As balas, na condição de cédula, foram devolvidas. A auxiliar, no baque, relutou em acolher escambo. O artifício, no especial, finalizou no usual. Os cinco centavos, no privado, acabavam restituídos na moeda. Quem valoriza o pouco, angaria o muito.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://hypescience.com/