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sábado, 23 de janeiro de 2016

Os tesouros na terra


O ancião, nos noventa anos, empilhou cobiça e riqueza. Os prédios e terrenos, na distinta localização, incidiram em acúmulos e locações. A expansão urbana, no incipiente distrito e póstumo município, originou casual aconchego e fortuna. A grana, no ciclo das horas, caía na origem de dividendos e domínios. O sujeito, no exclusivo filho, tornou-se o abonado da povoação. A vida, na essência, decorria na economia e geração de cobre. As atenções e direções, no informal das conversas e preocupações, incidiam na ampliação de fazendas. A morte, na benzida idade, calhou no tempo. A fortuna, no sucessor, assistiu-se herdada e gozada. O tesouro, no amontoado e resguardado papel (moeda), inviabilizou em levar ao além. A extenuação, no epílogo da biografia, conduziu na pá de terra (no esquife e narina). A extinção, entre pobres e ricos, estabelece igualdade de naturezas. Os humanos, no meio social, inventam agitações e diferenças. A pessoa, em vida, deixa juízos e modelos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www2.ucg.br/

O artifício da água


A dona de casa, no bem-criado da dificuldade e necessidade, ensejou fórmula. A economia, na luz, caía no tradicional exercício. A tarifa, na energia (elétrica), sobrevinha na extorsão dos consumidores. As causas, no abuso das encravadas taxas, descomunal consumo no calor e viciosa gerência do sistema, refletiram-se na tarifa da conta de luz. A filha das colônias, no artifício doméstico, adotou modesta técnica. A morada, no ambiente do dia, incidia no fechado. A frescura ocorria resguardada no interior. O ventilado, no espaço da noite, sucedia na circulação. O acréscimo, no interno, calhava na dezena de bacias e baldes d´água. A umidade, no abrigado do recinto, sobrevinha na eliminação dos aparelhos (ar condicionado e ventilador). As despesas, no pico do estio, conservaram no habitual percentual de consumo. O paliativo, no suado dinheiro, advinha na ajuizada e inteligente despesa. O espírito de contenção, nos cunhados das carências e problemas, decorre em filosofia de vida.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://janeladealuminio.blogspot.com.br/

Os afazeres na marra


O garoto, no baixo empenho dos estudos, incorria na aparência da folga e moleza. A imaturidade, na facilidade das tecnologias, dirigia no desinteresse do trabalho. A mãe, na qualidade de empregada, estabeleceu afazeres caseiros. O pai, na laia de microempresário, alocou afazeres no negócio. As obrigações, na marra, caíam na obrigação da realização. O serviço, no instituído tempo, sobrevinha em agilidades fecundas e úteis. A assistência, em labores corriqueiros, recaía no unido dos membros do teto. O lema familiar, na ascendência dos filhos das colônias, ocorria na inviabilidade de cultivar e instituir desocupados. O ócio, na estirpe dos antigos tempos, denegria apreço comunitário e nobreza do nome. O inerte, no histórico familiar, carecia de conceito e sustento. A criança, no repassado de criação, ajudava e vivia na estima da obrigação e produção. As pequenas tarefas, no explicado e indicado, sobrevinham no labor. Os progenitores, no acanhado, “torcem o pepino”.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://dicasmaonaroda.com.br/

A valiosa sugestão


O jovem, no conjunto da fila, caía na agitação e pressa. O fato, no início da manhã, ligara-se no receio de “queimar horário”. O atraso, no início da jornada, adviria no ensejo e reputação. A água, na habitual bica (comunitária), constituíra fila (no sabor do verão). O líquido, no agrado e desejo, advinha no gasto dos moradores. A anciã, na doçura e modéstia, aguardou ocasião. A impaciência, na afobação do moço, sucedeu no posterior da fila. A sugestão, no fortuito, aconteceu no bem vestido. “Amigo! Convém acordar cedo e daí carece da pressa”. Os jovens, na mania, achegam-se em cima da hora. O fato espelha: alguns, apesar de ativos e operosos, continuam na modéstia. O pormenor, na essência do capitalismo, incide no artifício da gerência do dinheiro. A pessoa, no mero trabalho, fenece em acumular riqueza.  A arte, em investir em ativos e originar dividendos, mantém-se ardil do sistema. O princípio, em “Deus ajuda a quem cedo madruga”, abrevia apinhado de azares e males.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://mariopalestras.blogspot.com.br/