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terça-feira, 14 de julho de 2015

A sensata ocasião


O gambá, no exercício da bulimia, precisou “colocar o pé na estrada”. A dor, na fome, obrigou a sair do refúgio. A toca, no calor e garantia, viu-se abandonada e vazia. O passeio, na obrigação, induziu no habitual horto. O crepúsculo, na fragrância das frutas, induzia ao convite e ousadia. A prática, em consecutivas semanas, caía na facilidade e fiança. Os cães, na junta de novos, pareciam inativos e tontos. A surpresa, no instintivo, adveio na sensata ocasião. As bestas, no cheiro, descobriram ação e ocupação. A raposa, no clássico “dá em nada”, aprontou achada e provocada. Os latidos, na inquirição do amo, dirigiram ao achado e extermínio. O idêntico, no abuso da segurança, calha no trânsito. Os riscos, nalgum tempo, terminam na tragédia. Os falcatruas, na pilhagem dos cofres (entidades), são descobertos e denegridos na imagem. A pessoa, na sobrevivência, carece da precisão da apropriação do imerecido suor. A elegância, no sossego da consciência, sobrevém no artifício e referência.
                                                                                                                                                       
Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.teucorpo.com.br/