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domingo, 16 de dezembro de 2012

Vinci, Leonardo da.

  1. Quem pouco pensa, engana-se muito.
  2. Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre.
  3. Quem não sabe o que quer, queira o que não pode.
  4. Jamais o Sol vê a sobra. Fácil coisa é fazer-se universal.
  5. Repreende o amigo em segredo e elogia-o em público.
  6. A necessidade é a melhor mestra e guia da natureza.
  7. Quem não estima a vida não a merece.
  8. A vida bem preenchida torna-se longa.
  9. Onde há muito sentimento, há muita dor.
  10. A coragem põe a vida em perigo, o medo protege-a.
  11. Quem não castiga o mal, ordena que ele se faça.
  12. Tudo que é belo morre no homem, mas não na arte.
  13. Um bom artista copia, um grande artista rouba.
  14. Não é preciso estar junto para estar perto, e sim dentro.
  15. Os cinco sentidos são as guias da alma.
  16. Pede conselho aquele que a si próprio sabe corrigir-se.
  17. Em primeiro lugar vem a dedicação, depois a habilidade.
  18. Não se pode amar ou odiar quem não se conhece  ainda.
  19. O tempo dura bastante para aqueles que sabem aproveitá-lo.
  20. A simplicidade é o último grau da sofisticação.
  21. As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio dum olhar.
  22. Não há coisa que mais nos engane do que o nosso juízo.
  23. Quem quer ficar rico num dia estará enforcado num ano.
  24. O conselho é muito mal recebido pelos que dele mais necessitam.
  25. O olhar de quem odeia é mais penetrante do que o olhar de quem ama.
  26. O ódio revela muita coisa que permanece oculta ao amor.
  27. Não há conselho mais leal do que é dado num navio em perigo.
  28. O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice.
  29. Melhor do que ter uma grande beleza, é ter um grande coração.
  30. Se tens que lidar com água, consulta primeiro a experiência depois a razão.
  31. Todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos.
  32. Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.
  33. Quando eu pensar que aprendi a viver, terei aprendido a morrer.
  34. Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, permaneça.
  35. Nunca imites ninguém! Que a tua produção seja como um novo fenômeno da natureza.

Fontes: extraídos de livros e sites.

Leonardo da Vinci (1452-1519) foi pintor, escultor, arquiteto e engenheiro (italiano) do Renascimento.

Crédito da imagem: http://www.idadecerta.com.br/blog/?tag=leonardo-da-vinci

Reunião de animais



Os bichos, convidados por uma comissão provisória, resolveram organizar-se numa assembleia geral. Queriam discutir e determinar resoluções sobre a preocupante situação das florestas. Elas, com o avanço da agricultura e pecuária, viram-se arrasadas e devassadas. A ideia original consistiria em organizar alguns atos de protesto. A moda, no momento, era fazer barreiras (nas estradas), caminhadas (diante dos palácios governamentais), invadir órgãos ambientais... Externar, de forma visível, o descontentamento e discordância (diante da ganância e insanidade humana).
Escolheu-se, no interior duma clareira (de mato), o local da reunião. Estabeleceu-se e divulgou-se dia e hora do acontecimento. As inúmeras partes atingidas/interessadas poderiam dialogar e expor ideias. O cenário, com o afluxo da diversidade das espécies, cedo ostentou-se ímpar. Algo indescritível e inimaginável na compreensão humana. “Cada um soube, em meio às necessidades e perigos, onde o sapato apertava!”. A ameaça da sobrevivência havia ajuntado partes amigáveis e divergentes! Uns seguranças, destacados entre as pacíficas aves, trataram de manter afastados adversários e inimigos históricos.
As confabulações, depois de quinze minutos de tolerância, começaram no ambiente. Os gatos e graxains, como aparentes maiorais (na Floresta Pluvial Subtropical/Mata Atlântica), coordenaram os trabalhos da assembleia. Adversários tradicionais, de imediato, externaram suas ladainhas (de desconfianças e queixas). Uns aplaudiram e outros vaiaram as conversas e falas. A anarquia, de forma incontrolável (diante da ausência duma força bruta maior), tomou conta entre os participantes. Acusações, de velhas desavenças e rixas, viram um momento oportuno para aflorar.
As cobras ajuntaram-se para querer abolir acusações/fama de serem traiçoeiras. As raposas almejavam trégua das implacáveis perseguições da cachorrada. Os pássaros queriam fim das caçadas dos gatos. Os ratos exigiram a abolição dos venenos. Os cachorros queixaram-se dos espinhos dos ouriços. Ouriços lamentaram as espingardas nas lavouras de milho. Saracuras mostravam sua indignação com os milhos envenenados como sementes... Cada espécie, sem nenhuma exceção, tinha suas lamúrias e reclamações. A bagunça e confusão instalaram-se. Os muitos participantes/todos, sem exceções, falaram e gritaram nos idênticos momentos. Ninguém dava ouvido a outrem.  Cada espécie preocupava-se simplesmente com seus dilemas e preocupações. O interesse comunitário havia sido renegado ao plano secundário. A sina, como solução final, continuou como de rotina: uns sendo alimentos a outros (na cadeia alimentar). As florestas conhecem a diminuição de tamanho ou sofrendo danos irreparáveis (com a proliferação da espécie humana).
Reuniões, onde todos falam e pedem, apresentam-se como nulidade. Os seres, na proporção das necessidades, possuem a tendência de só pensar nos seus interesses. Certas adversidade e divergências ostentam-se irreconciliáveis. Encontros, onde ninguém almeja ceder, mostram-se de pouca serventia. Certos assembleias/congressos, neste mundo afora, assemelham-se a belas reuniões de animais.

Guido Lang
Livro ”História das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem:http://lecycpicorelli-bioarquitetura.blogspot.com.br/2011/05/dia-nacional-da-mata-atlantica.html#axzz2FBiB2WbO