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sábado, 11 de maio de 2013

A filial parceria



Uma astuta, esbelta e simpática senhora, mãe de três filhos, saiu do casamento. O marido, no seu entender, não correspondeu aos compromissos e expectativas da convivência!
A solução, depois do acerto dos bens, consistiu numa nova aventura e iniciativa. Um final de semana, sem companhia, revelou-se solitário e triste! Ninguém para compartilhar e conviver! O jeito, nos muitos bailões, foi partir a procura e namoro!
Um jovem moço candidatou-se como pretendente. Ele, na flor da idade, ganhou as atenções e graças! O fulano, com duas dezenas de anos a menos, mostrou-se ativo e atrativo. A maneira, em poucas semanas, consistiu em fazer ensaios e reunir trapos!
O tempo, com seus ensinamentos e revelações, mostrou outra faceta do relacionamento! A senhora, em dias, descobriu uma dura realidade. Ela, junto aos rebentos, tinha conseguido mais outro!
A companhia preocupava-se pouco em ajudar e muito em ser servido. Ela, na prática do cotidiano, almejava um companheiro e parceiro! Esta precisou ser bem mais mãe do que esposa! A escolha tinha tido suas desvantagens e vantagens!
A diferença de idade e mentalidade inviabilizou a continuação do relacionamento. A necessidade mostrou-se em nova aventura e procura! A vida, no ínterim, escorria no tempo!
As pessoas com suas eternas procuras para alcançar a felicidade! Os relacionamentos, na era da globalização, encontram-se difíceis de amparar as muitas e variadas arestas! O indivíduo conquista uma realidade e carece de outras!
                                                                        
Guido Lang
                        “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://estilo.br.msn.com

As vacas de leite



Duas enviuvadas senhoras, a cada virada de mês, ganhavam seus benefícios previdenciários. Um ganho certo e fácil! Os recursos, junto ao filho, nora e neto, eram o “ganha pão” dos cinco membros familiares!
As idosas senhoras, com suas avançadas idades e de forma repentina, precisaram partir para instância suprema! Elas, nas décadas de aposentadoria e trabalho, haviam avolumado significativo patrimônio imobiliário e valores monetários.
O fulano e sicrana, como herdeiros adotivos, ganharam os espólios. O casal ganhou bens, instalações, máquinas, moradias, poupanças, terras... A vizinhança, de alguma maneira, dizia: “- A família ganhou a sorte grande!”
Os amigos e vizinhos, de uma hora a outra, invejaram a bonança e fartura auferida. Alguém mais, de forma maldosa, reforçou comentários e falas: “- A família prescindiu-se das suas duas melhores vacas!”
A alternativa, daquela data em diante, consistiu em voltar a batalhar pelo dinheiro e sustento. O caminho, na região do leite, constituiu-se em remontar o antigo tambo e refazer pastagens!
Ah! Essas afiadas e maldosas línguas! Elas carregam veneno e verdades nas afirmações e palavras! As pessoas encontram sempre assuntos e temas para externar opiniões e palpites! Quem, dispensa aborrecimentos e questionamentos, necessita ignorar falatórios e fofocas!
Os comentários e conversas sucedem-se nos acontecimentos e vivências comunitárias. O dinheiro fácil costumeiramente esgota-se antes do previsto!  Certas palavras doem, porém não deixam de serem verdades!

Guido Lang
“Singelas Fábulas e Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://noticias.uol.com.br