Translate

sábado, 17 de agosto de 2013

A implacável caça


Uma raposa, no interior da toca, sentia-se feliz e segura na floresta. O animal, através de amigas e estranhos, ouvira falar dos perigos da cachorrada e dos humanos!
O proprietário, como terra pudesse ter dono, carecia de averiguar o patrimônio. O mato parecia estirado ao deus dará. Os negócios diversos levaram ao relapso!
O temor, duma inesperada visita, mantinha-se praticamente descartada. Os parentes diziam: “- Este nunca apareceu por essas paragens! Plantações e terras pouco caso faz!”
O senhor, amante das abelhas, ouvir falar duma comunidade. Este, num belo e ensolarado dia, deu-se o prazer e tempo de caminhar e conferir a habitação!
Os insetos, num tronco oco, constituíram a improvisada residência. O passatempo, nas entrelinhas lê-se dinheiro, fez o homem sair da rotina!  
O cachorro, exímio caçador e destruidor, acompanhou a empreitada. Este, em minutos, sentiu algum impróprio aroma. A devassa, como domesticada fera, revelou-se um instante!
A imprudência, num descuidado e único cochilo, resultou na implacável caça. O cheiro, aparente protetor, denunciou o esconderijo. A tragédia, em instantes, abateu-se com a morte!
O mundo infelizmente ficou pequeno. Os frágeis seres carecem de poder esconder-se nos cantos e recantos. Os inimigos, na proporção dos interesses, localizam as presas!
Os momentos inesperados consistem nos bem próprios. Qualquer ser vivo, nalgum momento, incorre na tragédia pessoal. Os cachorros, como domesticados lobos, perdoam raramente suas presas!

                                                                                            Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.melhorpapeldeparede.com

A imprescindível necessidade


O indivíduo, com a idade, acomoda-se a ambientes e necessidades. Quaisquer mudanças, em função das readaptações, inspiram aparência de caos e incômodos!
Um morador, no interior das colônias, mantinha certo carro. Este, como veículo velho, ficava mais na garagem do que na real circulação nas estradas e ruas!
Os familiares, a título de gozação e implicância (para comprar novo), diziam: “- O fulano fica a engordar o bem” (numa referência aos animais de criação).
O dinheiro, nas economias, não dava para comprar ou trocar por algum novo. O bem, diante das extremas necessidades, dava ainda para “quebrar uma porção dos bons galhos”.
A realidade, em síntese, consistia: “- Ruim com ele e muito pior sem ele!” O jeito foi administrar a situação. A esperança de comprar algum zero advinha com a melhoria financeira!
O idêntico, em certas parcerias matrimoniais, aplica-se a realidade. “O amor foi-se para o ralo!” Sobrou a necessidade da convivência! A separação torna bem pior a existência!
O transcorrer do tempo revela o verdadeiro íntimo das pessoas. Certos paliativos, como “quebra galhos”, mostram-se excepcionais benesses. O cidadão, com os defeitos e virtudes, precisa aprender a aceitar seus semelhantes!

                                                                                       Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”


Crédito da imagem: http://www.pontoxp.com