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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O equívoco familiar


Um senhor, ativo e carinhoso à família, ostentava-se aquele paizão. Um cidadão agradável e parceiro à esposa, filhos e vizinhos!
A dedicação mantinha-se intensiva aos familiares. O lar, no entender privado, não podia carecer da abundância alimentar e confortos da tecnologia!
Os integrantes, como não podia deixar de ser, mantinham a melhor consideração e estima. A família, no seu entender, apresentava-se como uma referência no seio comunitário!
O conceito, nas crônicas policiais e ruas, divergia-se drasticamente do exposto. O camarada, como ocupação profissional, carecia de medir esforços para enganar e ludibriar!
Os meios escusos e ilícitos sucediam-se nas incursões dos ditos trabalhos. Eles, na prática, adonavam-se dos bens dos outros (através de assaltos e roubos).
A real produção de riquezas, através do trabalho digno e honesto, mantinha-se uma falácia familiar! Este (pai), integrante de ousada quadrilha,  era o chefe!
O indivíduo, a partir da face dos semelhantes, não tem como equivocar-se mais na visão! Inúmeros profissionais, nas grandes cidades, ostentam velados meios de sobrevivência!
Alguns roubam escancarados, acabam punidos; outros dentro dos trâmites das legislações, vêem-se premiados. Os conceitos, dependendo do lado, mudam de situação e valores. As fortunas acumulam-se costumeiramente a partir da apropriação indevida dos suores alheios!

                                                                                    Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.papeisdeparedehd.com/fortuna_dinheiro_riqueza-wallpapers.html

O afetuoso aperto de mão


Um modesto cidadão, profissional dos serviços, mantinha o hábito de apertar a mão. A singela forma de aproximar e inspirar consideração e respeito entre conhecidos e estranhos!
As pessoas, como semelhantes, ganhavam um caloroso e sincero cumprimento. Os esporádicos encontros e reencontros, nos diversos eventos sociais, revelaram-se um momento de aproximação e convivência!
O camarada, aos alheios olhos, ganhou a suspeita de alimentar futuras aspirações políticas. A generalizada opinião comunitária, nos próximos pleitos, consistia de querer concorrer a algum cargo eletivo.
O cidadão, como princípio, adorava aprender com a experiência dos próximos, conhecer gente nova, ouvir ideias variadas, trocar experiências... A escola da vida ostentava-se em ser seu principal estabelecimento de ensino!
O fulano, para desfazer a imagem negativa de interesseiro e político, precisou externar uma razoável resposta. Este, a todo o momento, via-se perguntado das aspirações e intensões partidárias.
Ele, em síntese, externou: “- A minha candidatura, no máximo, presta-se a ser um bom cristão e marido. Tento dar o melhor de mim! A gente agrada a uns e desagrada a outros! A cara metade, em situações, cobra e reclama ainda! Tá difícil agradar a todos!”
O pessoal, de maneira geral, refletiu e riu-se das palavras. O bom cristão e marido, em muitas situações, não passa duma falácia. As práticas falam e as palavras mascaram!
Os eleitores, com tamanhas decepções e frustrações, encontram-se desconfiados e vacinados das ladainhas e lorotas dos políticos. Um afetuoso e bom cumprimento aproxima e revigora espíritos. A autenticidade transparece estampada nas faces dos indivíduos.

                                                                                          Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blog.manager.com.br/tag/aperto-de-mao