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domingo, 14 de julho de 2013

A receita da vó


Algumas famílias, saídas das colônias na direção das periferias urbanas, mantém o hábito de criar bichos. Os cachorros, como sinônimo de alerta e segurança, são os principais.
Os caninos, com a achegada do inverno e umidade, possuem a inconveniência dos bichos de pés. Estes, nos espaços próprios, tornam minados os ambientes!
A limpeza, constante e frequente, consegue nem sempre acabar com a praga. Os produtos químicos possuem dificuldades de exterminar e suprimir os vários focos!
As pessoas, volta e meia, pegam alguns exemplares. Estes, entre dedos e solas dos pés, adoram instalar-se como ingrata surpresa! As dores e incômodos, em horas, avolumam-se!
Uma dificuldade consiste no combate e extração. Feridas acabam criadas em membros. Os bichos chegam a constituir buracos em função das secreções!
A receita da vó ganha serventia. Esta, curtida pelo conhecimento e experiência, recomenda colocar sal com saliva nos locais doloridos. A ardência momentânea verifica-se!
A fórmula caseira mata e sara a inconveniência. A ciência empírica empregada como paliativo! A corrida às farmácias, com maiores dispêndios, viu-se abreviada ou evitada!
Velhas fórmulas caseiras subsistem como remédios. Os resultados, a métodos nem sempre tão higiênicos, justificam o emprego de certas práticas. A tradição oral encarrega-se de resguardar e repassar conhecimentos e histórias centenárias.
                                                                                          
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.kboing.com.br

O crédito alheio


Uma senhora, ligada à limpeza, procurou complementar a renda. Ela, a título de angariar divisas, fabricou e vendeu trufas. Uma degustação, como mimo, nos intervalos!
Esta, no interior do estabelecimento, ofertava o produto. As trufas, na sala dos professores, ficaram expostas. Qualquer profissional, num cesto, poderia comprar e usufruir!
O comprador, na proporção do consumo, precisaria unicamente anotar a despesa. A cobrança ocorria no final do mês. Muitos procediam da maneira correta e justa!
Algum maldoso infringiu a regra. Este consumia e fazia-se de esquecido. O registro, num papel adjunto, carecia de ocorrer. A vendedora precisou cedo reavaliar o negócio!
Inúmeras perdas, até terminar com o crédito, precisaram ser assimiladas e cobertas. Outras novas vendas precisaram cobrir as trufas surrupiadas!
O difícil consiste em dar crédito sem haver maiores perdas! O consumo, no ato, mostra-se agradável e bom, porém custear, lá adiante, ostenta-se dolorido e oneroso!
A honestidade, em meio a descrição, mostra-se virtude de poucos. Indivíduos, de má índole, subsistem em todas as profissões, raças e religiões. Certos créditos cedo se revelam autos prejuízos!

                                                                                      Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.essaseoutras.xpg.com.br