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sábado, 11 de junho de 2016

O negócio


O morador, na vila, encomendou cortada e seca lenha. A umidade, no aclive do morro (barlavento), semelhava “praga na invernia”. A madeira de acácia, na avaliação, correspondia na caloria. A equivalência, no exclusivo botijão (gás), acudia na proporção. O denodo, no custo do provimento, caía no número de quatro bujões. O transportador, em vários itens, superfaturou encargos e lucros. A venda, no freguês, acorreu na específica ocasião. Os excessos, em negócios, espantam amigos e clientes. A “mordida”, na cobrança, amplia fama de impossível mercador. O dinheiro, no capitalismo, afere-se na medida das relações humanas.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.baixaki.com.br/

A grandeza no gesto


As pessoas, na dezena de crianças e senhoras, esperavam na parada de ônibus. O circular, no usual horário, advinha no elevado número de passageiros. A estação, no conjunto da sociedade de consumo, caía no acentuado descarte (rejeites). As latinhas, papéis e plásticos, em bebes e quitutes, acudiam na espalhada e inventada lixeira. O ambiente, na inicial visão, advinha apinhado e emporcalhado de imundícies. O filho das colônias, na classe de próximo residente, extraiu sacola e tempo. A admiração e surpresa, no silêncio dos usuários, caíram na ressalva. O lixo, na situação de olhos acanhados e estarrecidos, vira-se avultado e ensacado. A imunda paisagem, no baque, angariou ares de asseio e civilidade. O gesto, na reflexão de usuais irresponsáveis, mexeu nos brios e usos. O sujeito, no lugar do convívio, delineou decência e nobreza. As briosas condutas, na assistência dos sobrecarregados ofícios públicos, encorajam auxílio e organização nos moradores.


Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://planetasustentavel.abril.com.br/

A restituição


O amigo, no usual cliente, requereu “quebra galho”. O empréstimo, no caso crítico, acorria em apalavrado juro e diminuto tempo. A polidez, no prévio da cedência, via-se exagerada e refinada. O dinheiro, no auferido (em mão), regeu instantânea e visível dúvida. A devolução, em três dezenas de semanas, acudiu na qualidade de favor. O credor, no balcão, viu estendida importância. O devedor, no obséquio, ignorou agradecimentos e gratificações. O primeiro, na boa instrução, externou congratulações pela restituição. O dinheiro, na cedência, institui confusões e receios. Os ingratos, na regalia, desconhecem “muito obrigados”.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.educacao.cc/

O impregnado


O trio, em encanecidos amigos de infância, comentou ocorrências. Os casos, em anunciados, afluíam da ateada corrupção. Os políticos, em altos escalões, nutrem “rabo preso”.  O tráfico de influência, em campanhas e mordomias, avultam escusas receitas. A conversa, no “vai e vem”, levou em conclusão. O sujeito, na elementar instrução, expõe: “Eu faria igual”. Outro, na réplica, esboçou: “Os distintos avolumam bom salário e cercam-se de mordomias”. A mentalidade, no alastrado pessoal, advém em levar vantagens. O erário, no ínterim, sucede desfalcado. O preceito, na correção e transparência, calha no baixo valor.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: inglesnoteclado.com.br