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quarta-feira, 30 de abril de 2014

O indigesto hábito


O macho, na mania de gato, consistia no mal cheiroso. A urina, na marcação de território, via-se disseminada nos cantos e recantos. Alguma providência fez-se necessária!
O animal, no gosto dos felinos, defecava cá e lá. Os humanos, no especial da dona (responsável), assimilaram raiva da situação. O jeito consistiu em apelar ao velho receituário!
O nariz viu-se esfregado no fedido líquido. O excremento, na umidade do inverno, exalava mal estares. O remédio, do próprio no impróprio da cura, redefiniu manias e modos!
Relegadas fórmulas ostentam serventias. Os másculos, na imposição, adoram espalhar elegâncias e fragrâncias. As porquices, nos dejetos, afugentam os viventes!
Os limites, nos exageros, exigem providências. Os abusos resultam contrapartidas em desgostos. A indecência própria verifica-se igualmente inconveniência aos alheios!
Capricho e higiene renovam ares e estares. Os idênticos ambientes, na consorciação animais e homens, traduzem-se na alegria das patologias!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://celprado.blogspot.com.br/2012/09/gatos.html