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domingo, 5 de janeiro de 2014

O campo fértil


O horário e trabalho, no grande centro urbano, obrigam a cear nos restaurantes. A agitação e correria, no intervalo, evitam quaisquer perspectivas de almoço familiar!
A solução, na gama de opções, consiste em procurar a variedade de estabelecimentos. Os ambientes e gostos mudam em função de preparos e temperos!
O pacato cidadão, como filho das colônias, adota estranha prática. Ele, nas idas e vindas, mistura-se a multidão. Cada refeição depara-se com diversas e variadas gentes!
A ideia consiste em almoçar entre a gama de indivíduos. O princípio, como curiosidade, consiste em conhecer hábitos, estabelecer relacionamentos, trocar ideias...
As falas e opiniões, a princípio, mudam ao gosto dos clientes. Elas refletem a diversidade. O objetivo, como procedimento, consiste em conhecer e estudar projetos de vida!
A pessoa, por mais pobre ou rica, tem a ensinar e falar. As oportunidades, ao estudioso, abrem portas as análises e pesquisas sociológicas. O plantio vê-se em campo fértil!
Aprender, em qualquer idade e situação, revela-se sinônimo de sabedoria. A sociedade ostenta-se campo próprio aos registros. A odisseia humana escreve histórias incríveis!
Os meios de sobrevivência definem modos e valores de vida. O cientista social interage e reflete atitudes e procedimentos dos indivíduos e populações!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.papeldeparede.etc.br/fotos/papel-de-parede_feliz-na-multidao/

A estranha pescaria

 

O colonial, em geral, adorava alfinetar amigos e conhecidos. A mania, como advertência e sabedoria, havia em externar indiretas. As brincadeiras e falas, para uns, viam-se veladas afrontas!
O piá, numa oportunidade, procurou retribuir a cortesia e gentileza. O cidadão, com educada e esbelta filha, despertava astúcia e interesse aos ”gaviões de prontidão”!
A alheia implicância, no sentido figurado, direcionou-se na pescaria da fulana. O afamado malandro iria fisgar no seio familiar. A ideia consistia “em apanhar o resguardado fruto”!
O paizão, desbocado e tarimbado, externou: “- Piruada! Podem testar a pescaria! Lembrem-se, no entanto, de usar especial isca e reforçado fio. O caniço ajudo a escolher a dedo!”
Os guris, no teor das colocações, arregalaram olhos e temeram palavras. Os pais, com amor e carinho, criam e investem na descendência. O malandro aventura-se em levar de lambuja!
A adolescência entende-se esperta e inteligente. A idade, nas experiências e vivências, ensinou punhados: “uns encontram-se no caminho do retorno na proporção de outros estarem indo”!
As afiadas e ousadas línguas, com pré-determinadas respostas, costumam aborrecer e intrigar os alheios espíritos. “Quem fala o que quer, ouve o que não quer”!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.pescanordeste.com.br