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domingo, 18 de novembro de 2012

Lao-Tsé


  1. Uma longa viagem começa com único passo.
  2. O homem que sabe não fala; o homem que fala não sabe.
  3. Aquele que tudo julga fácil, encontrará muitas dificuldades.
  4. Tudo que é difícil deve tentar-se enquanto é fácil.
  5. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
  6. Aquele que souber adaptar-se será preservado até o fim.
  7. Todo homem tem seu encanto. O segredo está em saber descobri-lo.
  8. Quando percebes que nada te falta, o mundo inteiro te pertence.
  9. O rio atingiu os seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.
  10. Grandes realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos.
  11. O motivo pelo qual não é fácil para as pessoas viverem em paz está no fato de saberem demais.
  12. Tudo que vive é um incessante vir e voltar: um nascer e morrer.
  13. As palavras verdadeiras não são agradáveis e as palavras agradáveis nem sempre são verdadeiras.
  14. O homem realmente culto não se envergonha de fazer perguntas também aos menos instruídos.
  15. A alma não tem segredo que o comportamento não revele.
  16. É fácil apagar as pegadas; o difícil porém é caminhar sem pisar o chão.
  17. Conhecer os outros é sabedoria. Conhecer a si mesmo é sabedoria superiora.
  18. O sábio não entesoura. Quanto mais dá aos outros, tanto mais têm.
  19. Quanto maior o número de leis, tanto maior o número de ladrões.
  20. Se estiveres no caminho certo, avança; se estiveres no errado, recua.
  21. Mantenha os amigos sempre perto de você e os inimigos mais perto ainda.
  22. Amar profundamente uma pessoa nos dá força. Ser amado profundamente por alguém nos confere coragem
  23. Para alcançar conhecimento, adicione coisas cada dia. Para alcançar sabedoria, elimine coisas todo dia.
  24. Aquilo que ouço, esqueço; aquilo que vejo, lembro; e aquilo que faço entendo.
  25. Deixai quieta a água lamacenta, e ela por si só se tornará transparente.
  26. A mais bela companhia é quando você pode estar com alguém como se estivesse sozinho.
  27. Aquele que não tem confiança nos outros, não lhes pode ganhar a confiança.
  28. Nada é impossível a quem pratica a contemplação. Com ela, tornamo-nos senhores do mundo.
  29. Quando a obra dos melhores chefes fica concluída; o povo diz: fomos nós que a fizemos.
  30. Para comandar os homens, marcha atrás deles.

Lao Tsé viveu de 570 a.C até 490 a. C.

(Fonte: livros e sites diversos).

Crédito da imagem: http://es.wikipedia.org/wiki/Lao-Ts%C3%A9

A imitação


        

          Conta-se, a partir da tradição oral, mais essa história (entre as muitas). Esta, a título de curiosidade e exemplo, lança ideia sobre as dificuldades de sobrevivência (nos primórdios da colonização). Inúmeros moradores, na atualidade, fazem  pouca ideia sobre os desafios dos tempos de outrora. Outros cidadãos “choram de barriga cheia”. Estes vivem abonados e acomodados, porém não podem deixar de exigir e reclamar. Algumas falas e pedidos assemelham-se a belas ofensas pela extrema cobrança e ousadia. O luxo e o supérfluo chocam pelo descaso e desperdício dos recursos naturais e trabalho social.
Uma família, sem maiores recursos monetários, emigrou da Europa Central. Via poucas chances de melhorias naquelas paragens. Ela atendeu ao chamado da propaganda da fartura americana assim como seguiu conhecidos (imigrados) à América. Esta, num porto (Hamburgo), ajuntou-se a outros grupos de emigrantes. Esperou umas boas semanas até conseguir um navio (com destino ao Brasil). Passou outras tantas (umas quatro) nas águas do Atlântico; algumas mais de quarentena no Rio de Janeiro até chegar a Porto Alegre. Alguma espera e de lá viu-se encaminhado por águas, através do Jacuí e Taquari, até o município de Taquari; do Taquari, com carretas e carroças de bois, até a Colônia Teutônia (atual município de Teutônia/RS). Achegou-se a sede de Glück-auf (significa “boa sorte” e é a atual Canabarro/Teutônia/RS), para o interior da propriedade (lote adquirido em prestações da Companhia Colonizadora). Transcorreram uns bons quatro bons meses até vencer a odisseia do percurso Alemanha – Brasil.
          A família, com seis membros, precisou iniciar os trabalhos no interior da floresta. Roçar, derrubar e queimar vegetação para constituir lavouras e colocar sementes nos  solos. A fome,  beirando continuamente os estômagos, até haver alguma e maior produção (carnes, cereais, tubérculos ..). A solução, diante da carestia, consistiu em abater fauna (silvestre) e observar as aves. Estas, como amoras, cerejas, ingás, guabijus, guabirovas, pitangas haviam na floresta, porém totalmente desconhecidas. A família, com razão de inteirar-se da possibilidade do consumo humano, inspirou-se nos próprios ou impróprios dos pássaros  O bicharedo silvestre ingeria as frutas, os humanos também poderiam consumi-las. Uma maneira de assimilar os recursos das terras desconhecidas. Um paliativo diante da aguda carência de vitaminas (no interior de corpos depauperados e judiados pelos maçantes trabalhos). Os anos, através da incessante labuta, foram abençoados e mudaram o quadro adverso de carências de toda ordem. As espécies vegetais, em função da extrema utilidade, conheceram a preservação nas  propriedades (na proporção de não serem estorvo às culturas  no interior das roças).
          A dor da fome leva a improvisações e paliativos ousados. A natureza, de alguma forma, sempre oferece, em quaisquer espaços, recursos à vida. Precisa-se unicamente de conhecimentos e habilidades para vislumbrá-los e explorá-los. Coloniais ostentam o espírito preservacionista na proporção de poderem conciliar lavouras com matos (no interior das propriedades).

Guido Lang
Livro “História das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://blogs.d24am.com/amigosdamazonia/2010/05/27/dia-da-mata-atlantica/