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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

O criatório urbano

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Guido Lang

O morador, em filho das colônias, convive no massivo asfalto e concreto. As oportunidades, na migração campo cidade, viram-se alcançadas na metrópole. Este, no modesto pátio, ensaiou criatório nativo. Os tratos, em mistura de ração de grãos, vêem-se espalhados pela calçada. As aves, em coiviras, joões-de-barro, pombinhas, pombos e sábias, afluem no contínuo. As espécies, em aparentes "monstros na cidade", teimam sobreviver com novos hábitos. O tratador, nas reminiscências, encontra inspiração e satisfação. O hábitat, em calçadas, gramado e horta, soma-se junto à morada. A fauna, em cantos e recantos, aflui no constante atrativo. Os pássaros, na semelhança dos humanos no dinheiro, direcionam conduta no sentido do sustento. A natureza, de alguma maneira, preserva sementes dos próprios no ambiente.

Vivências Urbanas

Crédito da imagem: https://www.wikiaves.com.br/wiki/joao-de-barro

O espelho do caráter

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Guido Lang

Os ancestrais, nas primeiras impressões, “fisgavam” a psique alheia. Os moradores, em proprietários rurais, viam-se avaliados pelo capricho e organização (no externado pelas aparências). Estes, na organização familiar, extraíam o apego ao labor. O retratado, na casa e pátio, descrevia o nível da evolução cultural. O trato, em lixos e utensílios, despontava no estado educacional e emocional. O estirado, no variado, apontava o descalabro vocacional. O desleixado, em brejos, madeiras e pedras, revelava ambiente descuidado. A sorte, no auto-abençoado, sobrevém no descaso. O afeiçoado,  no atribuído valor ao conquistado,  costuma ter lugar de guarda para cada coisa. O bem, em requerido na utilidade, encontra-se de imediata localização. O externado, nas entrelinhas dos afazeres, desnuda o real estado do espírito. O descuidado, no geral, sucede num azarado.

Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: https://www.elo7.com.br

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

A concepção do inferno

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Guido Lang

O modesto filho das colônias, na essência dos anos, transcorria no problema da friagem dos pés. Os membros, em resfriados, externavam ares de adoentado ente. O aquecimento, no possível, transcorria no fogão a lenha ou na "montanha de cobertores" de cobertura. Este, na sensata idade, foi "bater as botas". A esposa, em habitual companheira, foi categórica no velório: "- Ainda bem que no inferno diz ser muito quente. O amado deixará de passar costumeiro frio nos pés". O conceito, em céu e inferno, sobrevém na imaginação de cada indivíduo. Ninguém retornou das sombras na razão de relatar as facetas das trevas. A pessoa, no definido na concepção religiosa da infância, carrega crenças pela essência. As igrejas, em entidades da fé, comercializam ideias em serviços. As pessoas, com a racionalidade, muitas vezes temem desafiar dogmas.

Coleção: Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: https://segredosdomundo.r7.com

O segredo da longevidade

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Guido Lang

Os antigos, no criado e entalhado das colônias, mantinham ciência empírica da longevidade. A vida, em dádiva, assistia-se no maior dom. A maneira, em acrescer dias no decurso da biografia, requeria algumas precauções. Estes, em geral, acudiam em resguardar-se das friagens, dormir cedo e na medida necessária ao organismo  (estimadas oito horas diárias), exercitar corpo com massivas caminhadas  (em detrimento do sedentarismo), ostentar alimentação parca (no extremo necessário à subsistência)... Os espaços úmidos, em insalubres, sobrevinham tolhidos (em especial na edificação de prédios). A ampla insolação, em variados ambientes, transformava os lugares nos mais saudáveis ao ser humano. O convívio, no contexto do sereno, assistia-se deveras indigesto. O trabalho externo, no meio das precipitações, advinha abolido (no possível). Os exemplos, em senhores de oitenta anos, eram comuns nas paragens rurais. "A pessoa, na vida, colhe aquilo que alimenta/planta no decurso". O Criador abençoa na dimensão dos empenhos, desígnios e tarefas.

Coleção: Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: https://drvictorsorrentino.com.br

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O momento sagrado

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Guido Lang

A sensata vovó, em vivente das colônias, convive no dilema dos filhos e netos. Estes, nas excepcionais reuniões familiares, assentam na mesa (em almoços e jantas). Os sucessores, no imediato, improvisam acaloradas discussões. Os manos (irmãos) e primos, no possível, tentam ajustar arestas naquela inconveniente hora/ocasião. Os demais, no horário, pipocam pelos espaços ou dedicam tempo aos utensílios virtuais. As divergências, em tamanhas, conduziram na supressão das confraternizações. Cada qual, no rumo da vida, segue sua sina de interesses e oportunidades. O instante, na bênção da mesa farta, acorre em momentos sagrado. A boa digestão, na degustação dos alimentos, requer serenidade e silêncio. O convívio, na falta de limites, conduziu na libertinagem e respeito em baixa.

Coleção: Ciência dos Antigos


Crédito da imagem: http://blogdomagno.com.br

O procedimento rural

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Guido Lang


O velho colono, no seu Lothário, sobrevinha num ente talhado na labuta braçal. A propriedade familiar, em ares de ermos de linha (localidade), assistia-se no espaço da “extração do pão”. As atividades, em criações e plantações, ensinavam manhas aos filhos. Estes, na tenra idade, sobrevinham em auxiliares dos pais. Pequenas tarefas, no generalizado e progressivo, eram atribuídas aos filhos (na incumbência de ensinar o apego e valor do trabalho). Uma lição básica, na circulação pelos ambientes agrícolas, sucedia em absorver/ocupar as mãos. O trabalhador, no retorno às instalações, precisaria sobrevir carregado em frutos da terra. Os exemplos, nos diversos, poderiam ser em forragens, frutas, lenhas... As mãos, no retorno em vazias, sinalizavam desapego ao ofício. O trabalho, em “formiguinha”, abreviava caminhos e ganhava tempo. Cada ente vê-se perito no seu “ganha pão”. Aquele que aufere sustento na vocação ganha-o nos ares de brincadeira.

Coleção: Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedade_rural

A progressiva tratoração

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Guido Lang

A mecanização, nas encostas e morros, avança a passos largos. O arado de boi, no definitivo, cedeu espaço a gradeação das lavouras. As pequenas propriedades, em estreitas e compridas (fruto dos sucessivos espólios), acorrem no massivo aplainamento das modestas áreas. As pedras e tocos, nas retroescavadeiras e tratores de esteira, costumam ser extraídas e removidas ao "escanteio" como obstáculos a mecanização. A tratoração, no plantio direto, supre outrora trabalho animal/braçal. Os produtores, no ceio das melhorias, inspiram-se na introdução de inovações. O intento, na dimensão das disponibilidades financeiras, é não ficar atrasado na evolução. Os espaços íngremes, em toda safra, auferem redução e conhecem acréscimos de plantios. A revolução agrícola, nas outrora antigas colônias, processa-se acelerada nos muitos interiores. As propriedades, em subsistência, acorrem em aparências de empresas familiares. O lema subsiste em abolir/reduzir o esforço braçal e pouquíssimos agricultores produzirem no adoidado.

Coleção: Ciência dos Antigos 

Crédito da imagem: https://pt.depositphotos.com