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terça-feira, 30 de julho de 2013

Um discreto cabelo



A mulher, numa casualidade, vislumbra algum diverso. Procura, nos mínimos detalhes, averiguar o ímpar achado!
A senhora, a partir dum singelo detalhe, “vai da raiva ao xingamento!” Quaisquer palavras, como argumentos e explicações, revelaram-se insatisfatórios e inúteis!
O achado, como confirmação da suspeita, sucedeu-se na proporção do embarco no veículo familiar.  Algo completamente impensado viu-se estirado sobre o assento!
Um comprido e perdido fio de cabelo viu-se localizado. Este, de coloração loira, chamou atenção e reforçou suspeitas! Como pode parar neste local impróprio do interior?
O fio, comparado aos tradicionais curtos e pintados, contrastou de forma flagrante com os próprios (da esposa). Ela, chefa do marido, procurou “certificar-se da prova do crime!”
O ciúme doentio, tendo o parceiro como peça privada, tomou ares de ameaças, repreensões, xingamentos...  A separação matrimonial poderia concretizar-se!
As saídas, sob o pretexto de negócios e trabalho, passaram a ser controladas rigorosamente nos horários. Quaisquer demoras assumiam necessidades das explicações!
O parceiro, como desculpas e justificativas, precisou de lábia e palavras. O marido, daquele dia em diante, constituiu um acirrado e vigilante fiscal no seu encalço!
A confiança, entre casais, mostra-se essencial à felicidade e êxito no relacionamento matrimonial. A mentira, junto aos íntimos, torna-se difícil como forma de convencimento!
Cada qual tem em casa o que merece. Os ciúmes, em função da insegurança, chegam a assumir ares de patologia. As marcas e sinais, aos atentos e desconfiados, ficam encravados nas discretas e singelas pegadas!

                                                                                  Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.mdig.com.br

O segredo da espécie


Uma determinada área, por séculos ou milênios, constituía-se no hábitat natural dos angicos. Uma madeira nobre à combustão e construções!
O Homem, com as necessidades da colonização, foi derrubando exemplares. Determinada área tornou-se potreiro. Plantas novas, com o consumo do gado, viam-se ceifadas ou inviabilizadas no crescimento e desenvolvimento!
Outro momento, as árvores nos matos rejuvenescentes, viram-se ressecadas numa anomalia. Alguma razão natural existia para o aparente extermínio da tradicional espécie da Floresta Pluvial Subtropical.
Uns espertos, metidos na toga de cientistas e observadores, falaram dos reflexos da excessiva combustão de veículos. A poluição, no lugar original, acabaria com a espécie!
A surpresa, como fim do pastoreio e o reflorestamento, adveio com o intensivo rejuvenescimento florestal. Sementes, preservados entre ciscos e solos, brotaram na aparência de velha praga.
O fôlego, na proporção das condições ambientais próprias, tomou forma no espaço. A planta, por alguma desconhecida razão, revela-se cíclica no hábitat! Os coloniais extraem proveito com a formosura e majestade da madeira de lei!
A natureza, no seio da terra, encarrega-se de resguardar exemplares. O Homem estuda e reestuda, porém carece de descobrir os reais desígnios divinos. As condições próprias, nos ciclos e épocas, permitem a diminuição ou multiplicação da população das espécies!
                                                                                                 
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências” 


Crédito da imagem:http://arquimedesenlatina.blogspot.com.br