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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O ecologista do asfalto


O doutor formou-se numa conceituada universidade. As ideias, no cotidiano, mostram-se ousadas e sábias! A realidade, entre a prática e teoria, contrasta na execução!
O cidadão, nos diários atos, careceu de administrar alguma propriedade colonial, conviver com as necessidades extraídas da natureza, plantar massivas árvores...
O fulano, nos belos discursos e magníficas palavras, alega: “ – A abstinência de ceifar árvores. A proibição de extrair recursos de reservas florestais! Empregar madeira a queima”!
O desejo, como boa vida, consiste em usufruir e viver nos confortos da modernidade. O exemplo liga-se dirigir veículo, morar numa iluminada residência, ostentar farta mesa!
Os recursos precisam advir duma racional exploração e procedência. As derrubadas tornam-se imprescindíveis. As lavouras exigem espaços ceifados à floresta!
O bom senso, entre necessidades e preservações, precisa predominar. O radicalismo, na excelente retórica, conduz as carências de bens e explosões de preços!
As singelas propriedades, de poucos hectares, tornaram difícil a preservação dos diminutos matos. Algumas árvores mantém-se como reservas de extração de madeira!
As encostas e morros, diante das dificuldades de mecanização, tornaram-se os redutos da preservação. Elas, no entanto, carecem de serem florestas imunes à extração!
A viabilidade econômica, diante dos muitos encargos de subsistência, precisa ocorrer nos diminutos espaços das propriedades. O produtor, com estímulos, inova e produz na proporção de receber dividendos!
                                                                
                    Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://5musicaspara.tumblr.com

A cura ladrão


Uma família, há boas décadas, levava a fama das artimanhas. Ela, nas residências e pátios, avançava na indesejada surdina! O propósito consistia em concretizar singelos delitos!
As notícias, de ocasionais larápios, haviam-se espalhado aos quadrantes. Os moradores, diante dos exemplos dos sumiços, ficaram de alerta e prontidão!
Um clã, depois de suadas economias, avolumou um significativo capital. A razão, como conforto e investimento, consistia em comprar veículo novo!
O dinheiro, em notas vivas, encontrava-se resguardado na residência. A ausência de contas bancárias dificultava os depósitos e saques. Os bancos eram coisa das cidades!
O malandro, como cleptomaníaco, vislumbrava nova oportunidade. O fulano, numa noite própria, incursionou pelas cercanias da moradia. A invasão tornou-se fato consumado!
O proprietário, há bons dias e semanas, esperava a visitação. Este, na achegada imprópria, havia orquestrado excepcional surpresa. Uma lição visava curar o ladrão!
O morador, no mando da sabedoria colonial, confeccionou especial cartucho. O material, na resguardada espingarda, ganhou um preparo a base de sal grosso e pólvora!  
O alvo, para evitar aborrecimentos e denúncias, consistiu em alvejar os membros! A eventual morte, para evitar indenizações, originaria denúncia e investigação policial!
O cidadão, na invasão do espaço, foi surpreendido. O tiro viu-se disparado. Este, em parte , viu-se atingido numa perna. O lugar atingido tornou-se ferida aberta!
A vítima deixou de registrar a qualquer ocorrência. Este acabaria se auto-entregando. A solução manteve-se na discrição!
O ferimento, até o final dos dias, não sarou. Ela obedecia os humores do estado atmosférico. O cidadão, a cada santo dia, relembrava da malfadada e imprópria ação!
As veladas punições revelam-se comuns diante dos incuráveis e ousados ladrões. As sociedades coloniais, diante da ausência do Estado e inércia das autoridades, improvisam paliativos e soluções aos dilemas e problemas!

                                                                                   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pólvora