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domingo, 21 de dezembro de 2014

A mútua parceria


   O filho das colônias, na qualidade de morador urbano-rural, advinha no parco tempo. A grana auferia nos afazeres urbanos. O básico, no sítio, mostrava-se acolhido nas precisões. A mulher, nos cuidados e manutenções, zelava os bens. A convivência caía nos fins de semana.
  O detalhe, na horta e jardim, acontecia na dedicação e obrigação da esposa. O passatempo, no contexto do atendimento familiar, advinha no manejo das plantações. O acolhimento, na adubação, desbaste e replantio, aconteciam na folga dos empenhos do lar.
   O marido, no imperioso dos materiais, cuidava de deixar a mão. Os adubos e utensílios, no comum emprego, ficavam alocados próximos. A facilitação, na diligência das cargas, advinha no ônus dos pesos. A iniciativa mútua incidia nas afeições e facilitações.
   As associações, nos afazeres familiares, assumem banal exercício rural. As ocupações, no manejo das criações e plantações (na propriedade), assumem ares de intermináveis. A divisão de tarefas, no conjunto dos afazeres, sobrevém na passagem doméstica.
   A afeição, dentre casais, externa-se nos simples cuidados e obséquios. Os costumes delineiam a grandeza do amor. A recíproca felicidade, no instinto da procriação, verifica-se razão da união conjugal. O sujeito, na excepcional vida, necessita ser auxílio e companhia.
   A boa horta, na variedade alimentar, revela-se a melhor farmácia. O encanto do jardim, na abundância dos floreados, externa aspectos da nobreza do coração.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.missaodespertar.org.br/