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terça-feira, 15 de outubro de 2013

As prioridades


O jovem, sem maior bonança e elegância média, precisou definir e inovar prioridades. Ele, como necessidade de reconhecimento, aprimorou dotes e vocações. A precoce descoberta redimensionou cursos e estudos!
O fulano, numa ímpar esperteza no gênero humano, conheceu cedo alguns princípios básicos das relações sociais. A convivência familiar e escolar foi essencial no aprimoramento e desenvolvimento dos dons!
A artimanha, para conquistar amizades e fazer-se ouvir, consistiu em desenvolver a habilidade de contador de piadas. Alguma havia para cada dia. As muitas formaram um acervo mental ímpar e valioso!
A estratégia, para ser lembrado e respeitado, relacionou ao aprimoramento da vocação musical. O fato, como boa pinta, oportunizava conviver nos muitos e variados ambientes festivos e  meios culturais!
A última grande artimanha, para estar cercado de mulheres, revelou-se em ser exímio dançarino. Os vários ritmos, nas escolas próprias, foram assimilados para abrilhantar e chamar atenção nos locais de dança!
A habilidade especial, como segredo de família, consistia no chamarisco para estar cercado de belas e interessantes companhias. O cidadão, nas intimidades, ostentou-se “aquele garanhão das madrugadas”!
A vida ensinou-o a ser amigo, esperto e falante. Um parceiro agradável e amigo para os inúmeros ambientes e situações. O trabalho, duro e suado, escolheu maior distância! A existência mantém-se afinal uma exclusiva e única dádiva!
O indivíduo precisa aprimorar dons e vocações para ganhar e preservar a vida. O cidadão pode nascer burro, porém jamais deve morrer imbecil!

                                                                               Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://mariowneto.wordpress.com

Passe adiante


O estudante, por uns bons meses, ficou hospedado na casa duma modesta senhora. A anciã, como companhia e segurança, interessou-se na estadia do universitário!
O jovem, como estagiário, careceu de dispender dinheiro pelas necessidades. Os confortos e mimos oferecidos assumiam ares de hotel. O consumo ficou por conta da casa!
O dia final, de retorno à universidade, achegou-se numa certa altura. O pedido, na despedida, tratou das muitas e variadas despesas e encargos!
O rapaz, em função das dificuldades, antecipou-se na condição financeira. A conta, de aproximados meio ano de estadia, seria dolorida e salgada!
Qual o valor devido pelos muitos dias de convivência? O custo de vida, como de costume, encontrava-se oneroso. As carências eram muitas para uma família humilde!
A dona, numa generosidade ímpar, surpreendeu o interrogador. Esta sentenciou: “- Fulano! Estás devendo simplesmente nada! Passa adiante a gentileza para quem precisa!”
O estudante ficou de boca aberta e agradeceu de todo o coração. O fato, por décadas, “martelou na cabeça” do agora senhor. Este, nas noites, relembrava da dádiva e débito!
Um primo, num certo dia, precisou duma área para edificar o asilo de idosos. O cidadão, tendo um punhado de terras, careceu de pensar num segundo pedido!
O camarada, de imediato, colocou a disposição à doação de mil metros quadrados. A sua melhor área foi destinada para o nobre e ousado empreendimento!
A recomendação, de lá adiante, renovou-se de repassar a gentileza. O fato levou a ajuda a inúmeros amigos e desconhecidos idosos. Um aconchegante prédio criou-se no local!
O combinado, nalgum momento, precisa ser cumprido. O bem ofertado, com amor e satisfação, multiplica-se em centenas ou milhares de benefícios!
Deus Pai, de inúmeras maneiras, vale-se para enaltecer e enobrecer a grandiosidade da criação. O cidadão não leva nada deste mundo, porém só deixa ensinamentos e lembranças!
                                                                                  
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.mundodeflores.com/