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sábado, 21 de fevereiro de 2015

As indevidas fragrâncias


A baixada, no achegado ao charco, via-se deveras conhecida. Os relatos advinham em grande costume e memória. Os antigos, na linhagem, alertavam da precisão de cuidado e proteção. O cerrado, na categoria de brejos e daninhas, caía no domínio da paisagem.
A insolação, no desdobrado das tardes (mormente no estio), aguçava desejo e preferência. O ambiente, no calor de rachar, assumia-se propício às cobras. O habitat, em décadas, recaía nas habituais sortes. Os sauros, no universal, veneram tomar banho de sol.
Os humanos, na ânsia do lucro, estenderam plantações. A introdução, em venenos, processou revolução. Os herbicidas, na limpeza, foram aplicados no estrago das gramíneas. O meio exacerbou na deformação. A minúcia vinculou-se a completa e singular migração.
As serpentes, em função das impróprias fragrâncias, adentraram na debandada. Os ambientes originais foram esquadrinhados. A morada, no consecutivo, procedeu-se no interior dos matos. Os remotos ambientes, no interior das encostas e florestas, auferiu primazia.
A distância extrema, nos inconvenientes tóxicos, revelou-se o procedimento.  A realidade, na precaução da vida, sinaliza o impulso da supervivência. A extrema sensibilidade, no dom da espécie, sobrevém de ciência. Os ditos racionais caem no balanço e diligência.
Os humanos precisam acautelar os excessos. O uso emotivo processa-se no interior das criações e plantações. Os efeitos imediatos, no imperativo de ações e ganhos, norteiam os ofícios. O autoextermínio, na impulsiva aplicação, sobrevém na mutação genética.
Os venenos, na decorrência, recaem na condição de faina e repelente. A sensibilidade animal, no cerne da ação, detecta as anomalias e indevidos naturais.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://dosbichos.blogspot.com.br/