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sábado, 10 de novembro de 2012

Dez ações para sua vida


  1. Seja amigável, é o caminho para a felicidade.
  2. Reze, é a maior força da terra.
  3. Leia, é a fonte da sabedoria.
  4. Brinque, é o segredo da juventude eterna.
  5. Doe, é a chave para o céu.
  6. Pense, é a origem do poder.
  7. Ria, é a música da alma.
  8. Seja generoso, o dia é curto demais para o egoísmo.
  9. Trabalhe, é o preço do sucesso.
  10. Ame e seja amado, é o privilégio dado por Deus.

(Fonte: Almanaque Iza, ano 2004, pag. 13)

Crédito da imagem: http://febracis.com.br/blogs/emocoesinteligentes/page/2/ 

A lorota do Pedro Paraguaio



    Um certo forasteiro,  das paragens das terras paraguaias, acabou em meio a alemoada da Boa Vista/Estrela (atual Boa Vista/Teutônia/RS). Ele, em momentos de convivência nas vendas das localidades, narrava histórias das suas terras de origem.
    Ele, em função do intercâmbio de brasileiros e paraguaios na Guerra do Paraguai (1865-1870), acabou nas terras da antiga Colônia Teutônia. Algumas famílias, com descendência Dickel e Lang, foram, no início do século XX, adquirir terras nas confluências  do rios Paraná e Paraguai. As carroças de bois, numa jornada de mais de um mês de deslocamento, levaram as famílias ao país platino. Constituíram-se umas sólidas colônias alemãs em Bela Vista e Obrigado/Itapuã. O Pedro Paraguaio, alcunha deste (desconhece-se o nome original), fez o caminho inverso e ficou, durante anos, como diarista e morador entre os locais teutonienses.
    Este, nalgumas oportunidades, contava as histórias de pescarias no Rio Paraná e Paraguai. Falava dos excepcionais peixes fisgados. Estes, em função do peso e tamanho, precisaram ser arrastados, água afora, com burricos. Os moradores, através do esforço humano, deparavam-se com imensas dificuldades. Apresentavam-se lisos e pesados. Os locais mantiveram dificuldades em arrastá-los nos barrancos (de terra firme). A solução, com cordas, foi apelar ao auxílio dos animais de carga.
  Os moradores teutonienses, distantes de maiores cursos fluviais de expressão, acharam-no “o maior mentiroso nas circunvizinhanças”. Este, numa ocasião, adveio a perecer e ficaram os relatos deste na memória colonial. Um clã, num encontro internacional de família (Dickel), foi fazer visita aos parentes de sobrenome. Uns participantes, de imediato, perguntaram sobre as histórias de pescarias. Relataram o explanado do Pedro Paraguaio, quando, de imediato, confirmaram o relatado. Alguém logo confirmou: “- Essa história de colocar burro para tirar peixe das águas era fato corriqueiro. A gente ajudava nos tempos de guri! Peixes do tamanho da semelhança de excepcionais porcos”. Os visitantes, apreciando o rio-mar do encontro das águas do Paraná-Paraguai, não tiveram mais dúvidas. O Pedro Paraguaio tinha contado a realidade dos fatos.
    A verdade de uns pode parecer exagero aos olhos de outros. Viajar e conferir os fatos mostra-se uma excelente escola. Nobres histórias sobrevivem à ação do tempo.   

Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito de imagem: http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br/2010/11/sos-rio-paraguai-dia-do-rio-paraguai-14.html