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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Os empilhados registros


O escritor, na feira dos livros, manteve-se atento e observador. A paixão, em obras, adveio na análise e avaliação. A experiência, nas muitas feiras, aferiu conduta do público. As pessoas, na arte do celular, reúnem primazia das atenções e inquietações. As facilidades, nas consultas do instantâneo (internet), relegam no acessório as publicações. Os livros, na apreciação e leitura, caem no empenho dos estudados e seletos. Os incomuns, na distração da apropriada e interessante publicação, cultivam ciência e tempo. As pessoas, no comum, dão-se ilusório tempo no vislumbre dos títulos. Os sebos, no livro do baixo custo e usado, convergem no sentido da morte ou mudança. A família, na biblioteca, quer ver-se livre do material ou o dono perdeu interesse nos escritos. Numerosos entes, na alongada vivência, perpassam em jamais terem lido produção. Livreiros, em hábeis feirantes, convivem na falha da apreciação da leitura. Os livros, na assimilação e venda, são o ofício de aferrados e atrevidos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://marcosfmatos.blog.uol.com.br/

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