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terça-feira, 10 de novembro de 2015

A casa cheia



A família, na gama de amistosos e parentes, caía na casa cheia. O pessoal, na chácara, coexistia apinhado no ambiente. As gentes, dentre cunhados, enteados, noras e sobrinhos, afluíam na ardência. Os feriadões, no sítio fresco e limpo, caíam nas fugidas e saídas urbanas. As arrumações, no lugar, caíam no dispêndio dos hóspedes. O repouso, na comilança e folia, traduzia ares de hotel. As despesas, na carga e faina, incidiam no igual dos senhores. A ocasião, no acréscimo dos “enxertos”, foi avultando amigos. Os passeios, no corriqueiro e meteórico, entraram na canseira e náusea. O casal, em excessos, entrou nas restrições. As visitas, no sútil, acabaram oneradas. Os ônus, em consumos, foram divididos. Os muitos amigos, no abre mão, incorreram no sumiço. Os encargos, na divisão, diminuem afeições e obséquios. As gentilezas e mimos, na regalia, assentam e reúnem os idênticos. Os encargos, na requisição, afugentam e distanciam próximos. O dinheiro, nos humanos, norteia jeitos e ligações.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.sitiomodelo.com.br/
Imagem meramente ilustrativa.


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