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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A incômoda nota


O motorista, na maluca manobra, encosta no alheio veículo. A porta, no amassado, advém na avaria e dispêndio. O condutor, na jovem senhora moça, implora acerto amigável e lógico. A boa conversa, no dó ao desatento, dispensa ocorrência policial. O estrago, na reparação do dano, acertaria na efetivação de três orçamentos. O ajustado, no danificado, foi efetuado nas mecânicas. O telefonema, no comunicado do ajuizado, adveio na incômoda nota. O responsável, na inadimplência do acertado, externou de procurar “seus direitos”. A cobertura, em juízo, adviria no processo da Justiça. A cidadã, na raiva, precisou prantear no acobertado do marido. As poupanças, no economizado das férias, precisaram ser dispendidas no reparo. A realidade, na fraqueza das provas, externa combinados financeiros. Os ditos-cujos, na imagem de argutos e maus encarados, desvencilham-se dos ponderados. A piedade, em circunstâncias, sobrevém em altivos danos e remorsos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://maikonrios.blogspot.com.br/

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