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sábado, 24 de agosto de 2013

A imprópria escolha


Uma família teve uma esperada e sonhada menina. Ela, desde o útero, ganhou aquele excepcional amor e carinho! Uma bênção divina constituía-se no lar!
Os pais, numa altura, precisaram definir-se por alguma denominação. Ela, como futura cidadã, tinha o direito ao registro cartorial. A certidão a tornaria um ente social reconhecido!
O genitor, em função de algum admirável jogador de bola, insistiu numa homenagem. O nome, com aparente indefinição feminina ou masculina, ganhou o emprego!
A fulana, com os anos, cresceu e frequentou a escola. Os percalços, com as contínuas e frequentes confusões, tomaram vulto. Uma menina via-se chamado como guri!
A senhora moça, depois da maioridade, passou a odiar a infeliz escolha. Esta, na prática cotidiana, constituía-se numa “pedra no sapato” (incômodo)!
Quaisquer interrogações ou perguntas pelo nome revelaram-se aquela via crucis. A vontade, em momentos, constituía-se em alterar ou mudar os registros!
O paliativo adveio com a auto-atribuição de apelido! A alcunha, em pouco tempo, substituiu a original denominação! O nome simplesmente estragava o charme e encanto!
Certas escolhas convém analisar e refletir bem antes da definição. A contínua repetência, como o nome no cotidiano da vivência, interfere muito no estado de espírito!       
Nomes comuns e fáceis facilitam a identificação e os relacionamentos. A invenção de modismos carece de funcionar a contento. O nome interfere deveras na auto-aceitação e satisfação pessoal!

                                                                                       Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.aprocura.com.br

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