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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A carência afetiva


A turma, de meia dúzia de velhos companheiros e parceiros, reuniu-se a cervejada. O ocasional reencontro, no vespertino baile, sucedeu-se num canto do centro comunitário!
A animação musical, ao som da tradicional bandinha, agitava o festivo ambiente. A presença feminina, num “vap e vup”, fez-se abrilhantar e provocar os primitivos instintos!
O enviuvado, velho enamorado e festeiro, viu-se atiçado e cortejado! A carência masculina, as descompromissadas senhoras moças, revela-se acentuada e escassa!
As damas, a caça de maridos, vislumbraram oportunidade de companhia. A dança viu-se num especial convite. O cidadão, no embalo da Morena Rosa (Os Serranos), aceitou embalar o corpo!
Os desejos e pensamentos, no romantismo de outrora moço, tomaram saudosas reminiscências. Um enamorado casal, entre enviuvados, formou-se no momentâneo ato!
A cortejada, concluído a peça, suspirou: “- Ah! Como revela-se bom e reconfortante sentir o encosto no corpo de atrativo e cheiroso homem!” A carência afetiva viu-se grande!
Os alheios gostos e necessidades revelam-se igualmente as nossas carências e preferências. O cidadão, hoje numa boa companhia, pode antes do imaginado e previsto estar numa tremenda solidão!

Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Obs. História narrada por Soni Gräbin/Languiru/Teutônia/RS.

Crédito da imagem: http://www.fredao.com.br

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