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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O interesse


A senhora moça ficou sabendo duma disponibilidade masculina. Ela, como solitária moradora, interessou-se por algum compromisso maior!
O beltrano, depois de enviuvado, procura uma segunda companhia. A frequência, nos bailes e festas, tornou-se uma sina! Os finais de semana ganham o colorido dos bailões!
A mulherada, do descompromissado cidadão, descobriu as intensões! Algumas candidaturas, nos ativos e discretos aconchegos, vislumbraram-se no horizonte!
Uma cidadã, com uma proposta ímpar, ofereceu-se como pretendente. Ela, com ressalvas no projeto, aceita uma sociedade amorosa!
As exigências, para maiores intimidades, relacionam-se a pagar os crediários, limpar o nome no Serasa, depositar certo valor mensal e colocar carro novo a disposição!
O pretendente, depois duma ofertas dessas, queria a maior distância. O temor instalou-se como o diabo da cruz. O namorido assumiria ares de transações comerciais!
Uns, “achando as rainhas ou reis da cocada preta”, superfaturam seus reais dotes! Inúmeros amores e namoros não passam dos escamoteados interesses monetários!
Os trouxas (bobos) nunca terminam, porém nem sempre “embarcam nas furadas canoas”! Alguns, com os excessivos direitos e exigências, prestam-se ao descarte e ridículo!
                                                                             
 Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://am.quebarato.com.br

A água


O cidadão, com o avanço da idade, procurou cuidar da obesidade. As carnes e frituras tiveram o consumo restrito e secundário!
A base alimentar consistiu nos cereais, frutas e verduras. O indivíduo, junto às diárias caminhadas, ostentava excelente forma! A preocupação era manter distância da vida sedentária!
Uma singela saliência apresentava-se unicamente na cintura. Aquela barriguinha estragava parte da aparência e charme! Ela revelava acúmulos e gorduras indevidas!
Um amigo, no conselho óbvio, recomendou tomar em jejum uma boa dose diária de água. O receituário, depois de dias, corrigiu e redimensionou a distorção!
O líquido, numa espécie de generalizada faxina, permitia a eliminação dos dejetos e impurezas! A água, como milagre da vida, revela-se um santo remédio!
Os singelos hábitos evitam uma porção de incômodos e transtornos. As soluções, com o devido conhecimento e prática, apresentam-se ao alcance das mãos!

                                                           Guido Lang
 “Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://regex.info/blog/2007-10-14/606

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O galo das colônias


O amigo, de inúmeras festas e jornadas, aconchegou-se na casa do beltrano. Ele, para o baile, convida como parceria à bebedeira! A participação ajudaria a abrilhantar o evento!
A conversa, em forma de “tocar alguma flauta”, consistiu: “- A mulherada, a título de beleza e interesse, perguntou: o conhecido, galo das colônias, iria fazer-se presente?”
O fulano, em meio à gargalhada, sentiu-se orgulhoso e potente.  As boas e tradicionais companhias, como de práxis, estariam esperando! Este faria certamente a diferença!
Os amigos, muito achegados, podem dar-se o luxo de certas ladainhas. Quem não precisa de bons companheiros e parceiros? Os assemelhados, nos ambientes diversos, acham-se bem cedo!
As brincadeiras, efetuadas com habilidade e inteligência, permitem externar profundas verdades. Bebedeiras, companhias e músicas revelam-se paixões comuns entre os amantes da boa e fácil vida!
Os dotes masculinos, enaltecidos pelo sexo feminino, estufam o peito dos machões. Os efetivos profissionais, como belos e bons atores, norteiam-se pela ação e discrição!
                                                                   
  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.blogdomax.com.br

Um torpedo


O cidadão, depois do dia agitado e cansativo, encontrava-se a sossegar. A cama mantinha-se um santo remédio para revigorar a alma e o corpo!
O merecido repouso, junto à companheira no sabor do frio de inverno, sucedia-se numa acalorada e fofa cama. Uma dádiva divina mostra-se estar em bons lençóis!
O camarada, na metade do sono, encontrava-se na derradeira descontração. O ímpar, às duas horas da madrugada, sucedeu-se no telefone celular!
Um conhecido, a título de gozação e implicância como fanático torcedor, envia algum torpedo. A mensagem dá as felicitações e lembranças pelo tropeço do time do coração!
O quadro havia perdido outra no campeonato nacional dos grandes clubes. O indivíduo, depois dessa, viu-se atrapalhado, incomodado e reflexivo na calada da noite!
A norma, entre amigos e conhecidos, consiste em “colocar alguma pilha ou tocar uma flauta” sobre o desempenho esportivo. A implicância instituiu-se como norma!
A lorota sucede-se na proporção das derrocadas ou vitórias dos quadros esportivos! As rivalidades, a partir dos clubes do coração, costuma haver entre apaixonados torcedores!
O telefone, em situações, mais atrapalha do que contribui! As pessoas, para certas paixões e realidades, possuem dinheiro e tempo!

                                                                                Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Cama-clara/

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A inflação


O camarada, como de práxis, foi comprar as primeiras necessidades no mercadinho da esquina. Algumas carnes, cereais, frutas e verduras ganharam expressão de última hora!
A troca rápida de ideias sucedeu-se no sabor da escolha e pagamento. A ladainha, do desempenho esportiva do time do coração, “acompanhou o hinário”!
O cidadão, em meio ao conjunto de clientes, desabafou a realidade monetária. O consumidor, de compra em compra, leva mais dinheiro e ganha pacote menor de mercadorias!
O efeito econômico, da inflação, encontra-se a minar o poder de compra. O salário encontra-se cada vez mais estreito! Alguém está ganhando grosso com a dolorosa situação!
Os desprotegidos desconfiam dos discursos e índices governamentais. O país encontra-se numa escalada inflacionária e recessão!
O descontentamento instala-se nos seios familiares! As conversas informais, entre amigos, parentes e vizinhos, formam a opinião pública!  
A troca de governantes revela-se uma necessidade. Uns esquentaram por demais as cadeiras! Novas ações e ideias são necessárias para o problema!
Uns espalham o veneno e nem se avermelham na situação. A diminuição do poder de compra obriga fazer valer o dinheiro!

                                                                                Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://envolverde.com.br/economia/brasil-economia/combate-a-inflacao/

O cubículo


O enteado cresceu deveras rápido! Ele arrumou cedo uma parceria! O namoro engrenou nas intimidades! A convivência exige providências!
O namorido, antes do previsto, tornou-se casamento! “Quem casa, quer casa”! Quem não tem casa, reside em cubículo!
A solução, no diminuto terreno, consistiu em improvisar alguma peça! Outra meia água somou-se aos puxados! A residência, no amontoado, consiste de improvisações!
Os enamorados, junto à mãe e padrasto, serão vizinhos. O recanto, como acréscimo, revela-se noutra moradia! Outra a mais nas centenas de milhares pelo país!
A realidade, nos bairros e vilas, tem sido um somatório de puxados nas periferias. Estes, as dezenas ou centenas de milhares, dão origem aos cortiços!
Os conjuntos de improvisações, espalhados como residências, originam as favelas. Elas, como improvisações, contrastam com as mansões e revelam os desníveis econômicos! 
As pessoas, dentro das necessidades e possibilidades, sobrevivem como podem dentro das limitações. Os amontoados de gente, acomodados em espeluncas, denunciam o gritante descontrole público!
                                                                                 
 Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.cella.com.br/

domingo, 15 de setembro de 2013

As moças


Outro jantar baile, numa comunidade do interior, sucede-se na tradicional data. As sociedades co-irmãs participam e respeitam o pré-combinado intercâmbio!
A gurizada, para representar determinada entidade, organiza-se para participar. Os jovens, nos sábados à noite, querem alguma bebedeira e folia!
O princípio da reciprocidade, nos convites cortesia, mantém-se num pré-estabelecido. Os rapazes enchem dois ou três veículos! Alguns mais se deslocam de motos!
O detalhe relaciona-se a escassa presença feminina. As moças, sob a vigilância familiar, custam a afluir de distâncias maiores! As poucas, inúmeras vezes, revelam-se comprometidas!
As queixas e reclamações decorrem de haver “muito homem e pouca mulher nos eventos”! Os machões, de forma reciproca, pisam-se nos calos!
Cinco a seis machos, nestes bailes, para uma exclusiva fêmea! Os jovens, interessados em continuar na agricultura familiar, carecem de maior cotação e interesse feminino!
As moças revelam-se muito cortejadas e disputadas nas colônias. O excesso de eventos, dentro das limitações financeiras, restringem as frequências e participações!
                                                                                     
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.gxp.com.br