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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O cubículo


O enteado cresceu deveras rápido! Ele arrumou cedo uma parceria! O namoro engrenou nas intimidades! A convivência exige providências!
O namorido, antes do previsto, tornou-se casamento! “Quem casa, quer casa”! Quem não tem casa, reside em cubículo!
A solução, no diminuto terreno, consistiu em improvisar alguma peça! Outra meia água somou-se aos puxados! A residência, no amontoado, consiste de improvisações!
Os enamorados, junto à mãe e padrasto, serão vizinhos. O recanto, como acréscimo, revela-se noutra moradia! Outra a mais nas centenas de milhares pelo país!
A realidade, nos bairros e vilas, tem sido um somatório de puxados nas periferias. Estes, as dezenas ou centenas de milhares, dão origem aos cortiços!
Os conjuntos de improvisações, espalhados como residências, originam as favelas. Elas, como improvisações, contrastam com as mansões e revelam os desníveis econômicos! 
As pessoas, dentro das necessidades e possibilidades, sobrevivem como podem dentro das limitações. Os amontoados de gente, acomodados em espeluncas, denunciam o gritante descontrole público!
                                                                                 
 Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.cella.com.br/

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