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segunda-feira, 9 de maio de 2016

A fervura


A mulher, no amado, versava de exteriorizar carinhos e cuidados. O comparte, no problema da friagem, acudia no achaque. O problema, na situação das noites de invernia, caía na letargia e vigília. Os pés, no esfriado, incidiam no dolente e impróprio. A água, no morno, complementou aquecida dos membros. A senhora, na ciência de chamegos e traições, acorria na acobertada e proposital ultraje. O líquido, na ardente fervura, sobrevinha no emprego. O machão, no tostado, resmungava do aplicado. A mulherada, no atraiçoado, trata de cobrar-se das autorias e ocasiões. “O amor e ódio, no apaixonado, andam de mãos dadas”.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://casa.umcomo.com.br/

Os afagos


O pleito, no achegado, escreve idêntico conto e mostra. Os caminhões, nas caçambas (municipais), circulam apressados e pesados. As cargas, na brita e saibro, aferem distribuídas e exigidas. O erário, no “ajustado da surdina”, custeia afagos e obséquios. A cobertura, no velado, advém na equivalência do sufrágio. A situação, na corrosão das administrações, busca “manter cocho”. A oposição, no alarido, usou igual saída. O eleitor, no alcance da imediação do sufrágio, aufere atenção e estima. Os vícios, na cultura latina, confundem-se no rodízio dos governos. A preocupação, na instituída democracia, ascende no benefício e proveito pessoal.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.diariodecaratinga.com.br/

A sabatina



O colonial, no espaço urbano, foi consumir casual lanche. O espaço, nas afamadas e clássicas bancas (vinte quatro horas), caiu na preferência. O moço, no alcoolizado e morador de rua, acudiu na pedida de merenda. A dor da fome, na alheia deglutição, constrangeu o consumidor. O custeio, no xis, acudiu na fineza. Os atendentes, no aflito do lucro, perpetraram descaso da circunstância. O pagante, no modesto, carecerá da provável falta da importância. O benfeitor, na anterior hora no trânsito, assistiu-se safado de grave acidente. O Onipotente, no contíguo dos despossuídos e esquisitas ocasiões, mede acrescimentos e resignações.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://filosofiaeapologtica.blogspot.com.br/

O autocontrole


O dono, no acordo com o pedreiro, buscou acompanhar o ofício. O trabalho, na execução, advinha de “vento em pompa”. As dúvidas, na efetivação, advinham na elucidação do atenho. As obrigações, no emprego do sustento, exigiram horários e saídas. O profissional, no autocontrole (dos externados místeres), ficou no canto e ciência. A obra, no baque, adquiriu lavres da demora e paralisia. O tempo, no suprimido do suor, acorria no ganho e gosto. As partes, no breve, paralisaram contrato e reparo. Os gastos, no requerido, sobrepujavam ativa realização. O fato, na instrução, delineia: “O olho do patrão engorda boiada”.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: https://www.iguanafix.com.br

domingo, 8 de maio de 2016

O ardil desportista


O esporte amador, no espaço dos anos de 1950 a 1990, ganhou expressão e paixão nas colônias. As agremiações esportivas, nos organizados das variáveis linhas, compunham intercâmbio das quadras e quadros.  Os moradores, no alterado público, aglomeravam-se nas cercanias das arenas de várzeas. O assinalado atleta, no escasso tempo, exteriorizou comentários e simpatias. A galera, no reservado do mulheril jovem, acorria no abano e alegria. O ardil, na vibração, incidia na falta do uso de cueca. O largo calção, na intencional alevantada das pernas, expunha de “forma saliente utensílio íntimo”. O público, no acobertado artifício e palhaçada (no clima social conservador), torcia na disputa e exposição da volúpia. Os comentos, na ousadia, “corriam falas e orelhas”. O atleta, no “fecho do caixão”, avultou alusão e riso do transcorrido. As pessoas, no feitio latino e variável, contraem auréola e registram história. Os procedimentos, no alegórico, declinam em gargalhadas e memórias.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://tudo-em-futebol.blogspot.com.br/

O espeto



O cliente, na saída do botequim, exteriorizou falação e prosa. A bebedeira, no aguçado da ocasião, transcorria no corpo. As intrigas, no acrescido dos dias, decorreram aventadas no recinto. O comentário, no partilhado de mexeriqueiros, considerou: “- Preciso chegar a casa e espetar setenta dois quilos de carne!” Os compartes, na bisbilhotice, inquiriram: “- Nossa! Festa para tamanha gente?” O epílogo, na calúnia, concluiu: “- Tenho obrigação de espetar a esposa na vara!” As falas, no bebido, pintam na burrice e inútil. Os machos, nos convívios, “cantam-se de galo”. Os acanhados, no item das inserções, advêm na típica cultura empírica.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.tvchurrasco.com.br/

O brusco

 

O colonial, no apegado ao ofício da edificação, improvisou restauro. O telhado, no domicílio do amigo e vizinho, acorreu no ajuste e esforço. A subida, na excedida autoconfiança, calhou no brusco. A queda, no escorregadiço, brotou na repentina extenuação. O operoso, nos quarenta anos, acabou chorado e honrado. A morada, no recém-erguido, estará na falta do real construtor. Os pais, na eterna dor, sepultam broto. A família, na mulher e rebentos, carece da presença. A excessiva certeza, na segurança, incorre em casuais atropelos e extinções. Os acidentes, na instituída crença, afeiçoam ocorrer nos alheios.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.cerejeiras.com.br/