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terça-feira, 24 de setembro de 2013

As contas


O beltrano, originário duma família carente, casou com a filha do abonado empresário. Ela, como única filha, tinha o desejo e obrigação de continuar a administrar a empresa!
A recomendação paterna consistia em arrumar um ativo e bom genro. Os negócios, depois de décadas no ramo, necessitariam da continuidade familiar!
Os enamorados, com a velhice dos pais, deveria assumir o empreendimento. Este, com dedicação e trabalho, daria bom dinheiro e qualidade de vida!
A filha, educada numa rígida disciplina estóica, mantinha dificuldades de desligar-se das obrigações e tarefas. A firma, em função da subsistência, ganhava a primazia das atenções!
O parceiro, como maridão, queria mesmo viver frouxo a vidinha. A preocupação essencial, na flor da idade, consistia em ser ativo e namorador!
A companhia feminina, nos momentos íntimos, carecia de colaborar naquele fogo da paixão! A esposa, nos momentos derradeiros, preocupava-se em pagar as muitas contas!
O comentário, em inúmeras situações, consistia em falar dos vencimentos d’água, luz, impostos, telefone... Os fornecedores aconchegar-se-iam com mercadorias e queriam dinheiro!
O casamento, com uma filha, durou modestos anos. O amor perdeu-se em meio à diária labuta! A solução, como pessoas civilizadas, consistiu em cada qual seguir seu caminho!
O descaso e desleixo dos despreocupados aborrecem e inquietam os responsáveis! Os interesses e problemas mudam conforme os gostos e negócios!

                                                                              Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.eloizanetti.com.br/

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