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sábado, 30 de julho de 2016

Os enjaulados entes


As crianças, na sorte grande, nasceram no fausto e riqueza. Os pais, em bem sucedidos empresários, oferecem “o céu na terra”. O dinheiro, no par de filhos, compra as “mordomias do consumo”. A grana, no avultado, carece de ser dificuldade, porém solução dos problemas. Os seres, na circunstância do convívio (urbano), coexistem no enclausurado. A família, nas necessidades, “apanha e larga na garagem do prédio”. O veículo, no blindado, conduz nas múltiplas direções. As saídas, no exemplo das andanças em parques e ruas, incidem na completa inviabilidade. O convívio, no interior do condomínio, cai no destino. O receio, na descomunal guarida, sobrevém da segurança. A fobia, em sequestro relâmpago, acode na imaginação. A alastrada criminalidade, na incerteza, condena adotar cuidados. A estirpe, na fortuna empilhada, teme atuação da bandidagem. A liberdade, na facilidade das saídas e vindas, acorre em aspirações. Os aforados, no habitual, convivem na agonia da solidão.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://www.finocredito.com.br/
Imagem meramente ilustrativa.


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