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domingo, 2 de agosto de 2015

O redobrado embuste



O roceiro, no armazém, deparou-se na companhia do atilado vendedor e viajante. A conversação, no minuto, tomou apreço e atenção. O rural, na aversão da arrogância, procurou medir informação. A mentira, na demandada meteorologia, viu-se impregnada na estação. O reencontro, em póstumos meses, ocorreu no igual recinto. O ambulante, no enlaço, almejou retribuir indevida cortesia. O morador, na ciência singular, desconversou: “- Desculpe-me parceiro! Hoje, na conversa, careço do tempo! O irmão acha-se acamado! A qualquer tempo parece abandonar a vida!” O sujeito, no afoito, tomou porta. O visitante, na achegada e relato do taberneiro, relatou ocorrido. O sujeito, na aclaração, proferiu: “O cara nem sequer tem mano. Aplicou-lhe outra distinta lorota”. O confrade ficou estabanado: “- Inconcebível! Acreditei noutra conversa. Preciso reconhecer competente burrice”.  O conto, no relato, decorreu nas colônias. O sujeito acha-se astuto, porém descobre alguém sempre mais esperto.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://rio-de-janeiro-br.blogspot.com.br/

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