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domingo, 19 de abril de 2015

O infeliz acaso


A beltrana, nos bons tempos, erigiu sólida estirpe. Os brotos, na lavoura familiar de subsistência, foram gerados e educados nas duras penas. A faina, na energia dos dias, incidiu no tenebroso e volumoso. Os anos, na dureza da vivência, adentraram transformações.
O cônjuge, em maior data, adiantou o rumo do precoce repouso. Os rebentos, nas criadas estirpes, atentaram granjear bens e vivenciar dias. A aposentadoria, na boa gerência, mostrou-se o meio do alento. O expediente, no desamparo manso, volveu-se no infeliz acaso.
A migração (campo-cidade), no peso das épocas, adveio no desenlace dos tempos. A ocorrência, no clássico dos dias, ocorria no epílogo das jornadas. O crepúsculo, no horário habitual do chimarrão/mate, instituía agonia e lamúria. As lembranças caíam na memória.
O isolamento, na deficiência de companhia, acontecia no açoite e agonia. Os achegados, em filhos e netos, caíam na indiferença. A circunvizinhança, no clima urbano, vive nos oportunos arranjos. A televisão, na medíocre programação, fenecia em rechear o vácuo.
O tempo, no avanço da idade, perdeu o encanto e sabor. Os eventos, em bailes (terceira idade), caíam na parca convivência. A solução, nos finais dias, consistia em vivenciar os módicos prazeres. O acaso, de um ou outro jeito, encarrega-se de cravar peças e ultrajes.
O sujeito, na trajetória da existência, costuma carregar algum calvário. Os tempos, na mocidade, incidem na festança e, na velhice, no martírio.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.opticamirim.com.br/

sábado, 18 de abril de 2015

O peculiar apreço


Os pioneiros, no contexto das propriedades, nutriam a singular apreensão e estima. A preservação acoplou-se ao notório coqueiro/jerivá. A palmeira, no conjunto da hecatombe da mata (Floresta Pluvial Subtropical), apontou-se exclusivo vegetal poupado nos aniquilamentos.
A passagem, na fúria dos utensílios das mãos dos precursores, ligou-se ao valor. O enfeite e fecundo calharam no sútil da estima. A resolução, no enigmático, sucedia no prodígio do proveito. A planta, no alegórico dos cultivos e potreiros, imperava opulenta e suntuosa.
As utilidades, no tronco, incidiam nas instalações. A madeira, na amostra de cupins, advinha alheia ao furor dos insetos. As ripas, em telhados, advinham no apego. As palmas, nas datas magnas dos bailes (mormente Kerb) e consórcios, caíam no adorno dos eventos e salões.
O grandioso, no vislumbre rural, sobrevinha na perenidade. As palmas, por semanadas, mantinham charme e energia (na ação do calor). O pátio, em gramados e jardins, enobrecia o contíguo das construções. A sujeira, na escassa varredoura, sucedia na afeição do ambiente.
O fruto amarelo, no tema fauna, advinha disseminado na ingestão. As folhas, no vigor das geadas (negras), acertavam no exclusivo verde (na esturricada vegetação). A fauna intestinal, nos herbívoros, auferia alento e saúde. Os restos, em lenha, ocorriam na queima dos fogões.
O adoçado, nos coquinhos, instituía festa no animalejo. Crianças, na lida dos domínios, pilavam frutos na extração das amêndoas. O rejuvenescimento, em áreas degradadas, assumiu veemência. A palavra jerivá, na nomenclatura (cidades e firmas), exterioriza crédito e seiva.
A planta, no conjunto da exuberância vegetal, inscreveu odisseia na façanha da conquista e ocupação. O Criador, na graciosa e invisível mão, confiou excepcional charme e grandeza no gênio.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jerivas_REFON.jpg

sexta-feira, 17 de abril de 2015

O singular enunciado


O condutor, na condição de taxista (familiar), precisou fazer outro benefício. A corrida, na condução vila-centro, advinha na doméstica exatidão. O objetivo, na rodoviária, consistiu em largar o caroneiro no agendado horário. A moto, na direção, revelou-se o artifício.
A realidade, em escassos minutos, revelou a situação do tráfico. A agitação e correria, nos horários e pressas, advieram na confusa e intensa circulação. Os veículos, entre apertadas e longas fileiras, ajuntavam-se em cruzadas e semáforos. Os apurados advieram redobrados.
A atenção e pulsação, em instantes (no fervo), achegaram-se a níveis astronômicos. A ação, nos reduzidos espaços, externou a batalha das rodovias. A cautela e apreensão advieram no percurso. As preleções, no apregoado dos antigos, fluíram na ação e pensamento.
O tempo de tolerância, no arrasto, correspondeu à cláusula singular. Os dez a quinze minutos, na saída antecipada, anteviram na solicitação. A espera, no ponto do imperativo, via-se sábia sina. O receio, no acaso da barreira ou desvio (na via), acorre em ocasiões.
A ideia, na imprudência do “em cima da hora”, mostrou-se relegada ao escanteio. A obrigação, na execução no tratado, prevalece na resolução. O discernimento sucedia na ação e ciência. A antecipação de conjuntura, guiado nas canchas, incide na eficiência e sabedoria.
Melhor dez minutos no antecipado do que um no atrasado. A vida, de um ou outro jeito, prega-nos bucólicos artifícios e ultrajes.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.panoramio.com/user/8274292?with_photo_id=107569592

quinta-feira, 16 de abril de 2015

O diferencial comunitário

 

O colonial, na qualidade de filho das colônias, residia embananado no cerne da linha/picada. As andanças, em cidades e colônias, instruíram o modesto artifício e ciência. O sujeito, na fugaz turnê terrena, precisa ser arrojado e humilde no habitual das oportunidades.
O módico, na gama de tipo de idênticos, liga-se as profícuas relações. O impetuoso, no exercício das missões, incide na introdução e produção “daquele algo mais”. As tarefas, nas cabeludas até as simples, precisam correr no criativo e diferencial. O fecundo recai na colação.
Os saldos, no ambiente e tempo, precisam primar na singularidade do capricho e informação. O cenário, no paisagismo, descreviam magia e obra do extraordinário caráter. A diferença, aos andantes e naturais, delineiam e instigam ações e atmosferas da autoria.
As crenças, no sentido implícito, expõem o desenvolvimento do gênero humano. Os bens de família, no comodato divino, primam pela interpretação e visão da origem. O costumeiro, no arroz e feijão, amostra-se acrescido pela excelência do bife e caldo.
Os frutos, no tempo, advêm na alegria e cortesia do espírito. A natureza, no contíguo do engenho, exterioriza a ingerência humana. O alento, no refaço dos convívios e lugares, sobrevém na melhora social. A perfeição, no gênio, emana no brio da alma e ditado.
A referência, no antecipado momento, transcorre nos ambientes comunitários e sociais. O indivíduo, nas decorrências, amostra-se produto das concepções e resoluções.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito das Colônias: http://www.otempo.com.br/

quarta-feira, 15 de abril de 2015

O clássico passatempo


A linha, situado no lugar das grotas, sucedia no problema de descanso e distração. Os acomodados habitantes (estimados seis dezenas), disseminados pelos domínios, advinham na associação do boteco. Os eventos, no comum, incidiam na essência de festas e torneios.
Os múltiplos fatos, em bailes (terceira idade) e encontros (famílias), aconteciam na menor frequência. O sujeito, nos feriados e finais de semana, interagia na visita da prole. Os almoços e jantas, no convívio familiar (churrasco), incorriam na celebração e junção doméstica.
As intermitências, na afluência instantânea, caíam no classicismo do ambiente da venda. O lugar, entre amigos e confrades, advinha nas conversas e passagens. A estadia, na acolhida hora, permitia degustar a usual bebida (cerveja e refri) e inteira-se dos ocorridos.
A extensão, no alongamento, acerta no antigo entretenimento. O carteado, no bife, buraco e canastra, caem na associação. O tempo, na abrangência das tardes, decorre na fantasia das partidas. A esparsa fala, no ínterim das partidas, flui nos controles e ideias.
A meditação, em cautelas e dados, incide na derradeira computação e lavor. A eficácia, no quarteto, advém na admissão ou exclusão futura nos pares. Um simples miúdo dinheiro vê-se ganho ou perdido no desenlace. O sujeito incorre no senhor dos azados dias.
O ser humano, na dimensão de tempo, arquiteta afazeres e brincadeiras. Os teuto-brasileiros, na condição de filhos das colônias, revelam-se afeiçoados e eminentes peritos no baralho.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.reporteroliveirajunior.com.br/

terça-feira, 14 de abril de 2015

O patrimônio familiar


A estirpe, no ambiente rural, refugiava-se da agitação e correria urbana. Os recursos, na sanha da supervivência, possuíam acurado intento. O estudo, na formação (polida e profissional), incidia na essência dos gastos e interesses. Leituras e livros caíam no adicional.
As universidades, no público, sobrevinham na instrução. Os pais, nas parcas entradas, priorizaram demandas. Valores caíam na manutenção. O estudo peculiar, na rejeição da precoce faina, viu-se opção. Os benfeitores, na recomendação, externaram habitual ciência.
A norma, na cantilena, repetia-se na rotina das idas às escolas. As letras trataram: “Lembrem-se! Os cursos sucedem para vocês. A missão incide em extrair o atraente e valioso da gama de ciências. As imissões, no suado dinheiro, precisam reverter em soberbas obras”.
O sujeito, no clássico dos dias, precisa ser alocado na “saia justa”. O indivíduo, na gama de apelos e ofertas do mundo, deve conhecer e eleger primazias. A formação, na riqueza da alma e ideias, sucede na opulência familiar. Um bom aviso cai na ementa e manha.
A pior iniquidade, na inteligência humana, consiste na burrada ou péssima instrução dos brotos. Os cursos e turnês, no ensino e gênese, precisam sobrevier em aprendizagens e resultados. A fortuna imaterial, no brio da informação, incide alheia a ação da ladroagem.
As famílias, na gama de filhos, sobrevêm na dificuldade inicial e porvindoura dominação social. “O olho do chefe assume o valor das suas mãos”.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://sinter.ufsc.br/

segunda-feira, 13 de abril de 2015

O extremo cuidado


O filho das colônias, no atributo de sucessor das “daninhas influídas da velha Europa”, florescia na áspera saúde. A supervivência, na aspiração de apropriados e assasses dias, versou na adoção de estratégias. Alguns preceitos, na corporação, caíam no admirável cuidado.
O ambiente, na invernia (América Meridional), exigia usuais cuidados. As oscilações, no avanço das frentes (frias e quentes), geravam mudanças bruscas no tempo. Os “humores de São Pedro”, aos incautos, eram convites aos males. A coriza incidia na essência da chibata.
Os exemplos, no particular, consistiram na permuta de vestes encharcadas e transpiradas. A umidade, no auxílio da brisa, findava no ressecamento. O resfriado acontecia no ensejo. A abstinência, em quaisquer gotas de chuva, ocorria na guarida das acomodações.
A correnteza (vento), no esteio dos lugares abertos, era suprimida. A influenza, nos ambientes fechados, assistia-se incubatório aos contágios. A atividade física, na acentuada caminhada, ocorria na obrigação habitual. O sedentarismo acontecia no rejeite do cadáver.
Os abusos, nos bebes e comes (vícios), idem na supressão. O sujeito, na adiantada idade, alcançou as graças. A vivência, no donativo, incide no basal patrimônio. A tarefa, no “benzido templo”, sucede na sobrevida. O indivíduo necessita dar graça e hálito à vida.
O sujeito, no cochilo dos cuidados, faz padecer alma e corpo. Os abusos, na mocidade, costumam incidir nos achaques e flagelos da velhice.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://tesblogue.blogspot.com.br/