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domingo, 16 de março de 2014

O rumo norte


O casal, na união, pelejou para angariar casa e propriedade. A cruz orientou o bem estar familiar. Os rebentos, crescidos, seguiram direção das conceituadas universidades!
As visitas, na hospedagem, sucederam-se nas férias e folgas. O bom e melhor viu-se custeado e oferecido. A filiação, no atrevimento, recebeu os contornos dos limites!
Os adolescentes queriam definir desígnios familiares. Os jovens, nos idosos pais, empunharam resoluções. Os velhos, na oportuna morada, ouviram berros e xingamentos!
O pai, filho das colônias, impôs limites. A fala versou: “- Filhos! Vocês podem mandar na própria casa. Os genitores, em vida, são os senhores. A obediência faz-se necessária!”
“As asas, na excessiva altura, precisam ser talhadas”. O cidadão obriga-se fazer valer adequada voz. O costume de gritar, nas conversas e falas, transcreve indevida instrução!
A juventude, na precocidade, entende-se esperta e vivida. Os moradores, na própria casa e propriedade, estabelecem contratos e princípios. Normas asseguram afabilidade!
A caridade, de alheio chapéu, soa indiscreta inteligência. O “rumo norte”, na estóica instrução, abre portas e guia caminhos!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://iriny.com.br/atuacao/juventude/

sábado, 15 de março de 2014

A aloprada concorrência


O plantador, no aperfeiçoado pomar, extraía frutos. As espécies, no suplemento alimentar, ofereciam a diversidade de produtos. As vitaminas veem-se imprescindíveis na mesa!
O particular figo, em fevereiro, produzia diária cota. As colheitas faziam-se no alvorecer. A exasperada concorrência, aves e humanos, chamou reservada atenção!
O produtor, no primeiro descuido, assistia-se ultrapassado. O desejo original consistia em deixar amadurecer os produtos.  A brandura, na plena maduração, estaria avigorada!
A admiração observou-se vasta. As aves antecediam-se no proveito. Os pássaros, na sobrevivência, defrontaram-se na acelerada captação. Uma porção apresentava-se picada!
O fato espelha a generalizada dificuldade de granjear o sustento. O apetite vê-se o flagelo dos viventes. “O grão de milho, na prática, mostra-se pleiteado a quaisquer viventes!”
Os ousais degladiam-se pelo mantimento. O primeiro osso, na cachorrada, observa-se pretexto de enfurecido arranca-rabo. Os racionais debruçam-se pelo “cobre ou prata”!
O indivíduo força-se a cuidar dos interesses e ganhar o pão. A pessoa apressa-se a auferir dinheiro. A aloprada concorrência verifica-se pelo imperativo dos reais!
O fraquejo, na corrida, denota suplantação. A natureza proporciona a abundância, porém a ganância a faz parecer insuficiente!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.paopinheirense.com.br/blog/tag/beneficios-do-figo

sexta-feira, 14 de março de 2014

A anomalia canina


O colono, no clarear do dia, levantou para reparar a criação. Os cachorros, galinhas e gatos quiseram porção de alimento. O bicharedo, a boas horas, encontra-se na cadência da espera!
O criador, no achegar, observou anomalia. O cão branco, tradicional esfomeado, inventava apatia na ração. O dono, nas proximidades, observou o fato!
A admiração foi espantosa. A boca via-se minada de espinhos. Algum ouriço versou em acudir-se das incursões. O imaturo animal, na candura, notou-se infestado!
O jeitão consistiu em movimentar amparos. A esposa e filhos, na confusão, ajudaram na extração. O cão, no resguardo, comovia no abalo e dor. A tarefa via-se impraticável!
A habilidade, no socorro, requereu o experimento do achegado. O vizinho, no fardo dos cachorros, afronta-se no problema. Os caninos, no ínterim, corriam com a machucada boca!
O afazer, no abreviar das dores e moléstias, leva a obrigada extração. O criador, na supressão de custos, abstém-se em requisitar o serviço dos profissionais!
O dono, na multiplicidade de dificuldades nos domínios, torna-se empírico veterinário. A convivência e ocorridos habilitam preciosas noções do manejo animalesco!
O petulante, na inconveniência, semelhava agradecer o subsídio humano. A aflição e desgosto, no problema, abrigaram a fobia. Quem carece de pagar pena pelos ambíguos?
Ouriços ostentam-se os flagelos da cachorrada. Extremos imperativos exigem o conhecimento e a habilidade dos mestres!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://cienciaemfocosp.blogspot.com.br/2010/08/porco-espinho.html

quinta-feira, 13 de março de 2014

A braçal mão de obra


Os coloniais, nas propriedades, encheram extensões inteiras. O reflorestamento, de acácia e eucalipto, ocupou os espaços das velhas lavouras. O novo ciclo tomou o lugar!
O curioso, nas plantações sucessivas, é que criaram-se taperas nas localidades. O eucalipto, no exótico, conta-se como “carro chefe”. O gigante, a grandes distâncias, salienta-se no conjunto!
O estrondo de motosserras, no contexto, anda em baixa conta. A colheita, de árvores e bosques, vê-se localizada. O problema está na deficiência de mão de obra!
Os jovens rejeitam os braçais afazeres. Os moços, nas empresas, labutam abrigados das intempéries. Os benefícios trabalhistas veem-se assegurados como ganhos!
Os matos, no incremento, ficam no compasso de espera. Os troncos, nas encostas e morros, aguardam valorização. As capoeiras retomaram panorama da floresta original!
Proprietários, na indisponibilidade de braços, obrigam-se nas esperas. A seleção, entre grossos e miúdos, faz a diferença nas plantações. Os troncos verificam-se reserva financeira!
As árvores, no investimento, traduzem-se numa espécie de poupança. O reflorestamento evita a retomada das terras pela rejuvenescida vegetação natural!
Os ciclos econômicos possuem as realidades específicas. A baixa natalidade implantou o esvaziamento de braços e comunidades!

Guido Lang
“Crônicas Coloniais”

Crédito da imagem: http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br/

quarta-feira, 12 de março de 2014

A materna intuição


As mães geralmente possuem acentuado sexto sentido. No transcorrer da vida, o tempo confirma o anunciado e vislumbrado como profecia!
Desde tenra idade, uma genitora acompanhava a singela mania do filho. Este no primeiro descuido e a todo instante via-se pendurado nas alturas!
A recomendação foi: “- Filho! Desce dali! Algum dia vais cair e espatifar!” Na teimosia juvenil, o aconselhamento fora simplesmente ignorado e inútil!
Anos depois, na avançada idade, a matriarca partiu ao descanso. Em meio à coragem e habilidade de escalar, o camarada um dia enveredou na construção civil. Obras e trabalhos somaram-se!
O corte de árvores (como bico) via-se noutra tarefa. Plantas viam-se ceifadas e podadas as centenas nas cidades e interiores. O corte incluía arriscadas subidas!
Gigante entre prédios e quadras, o pinheiro exigiu o desgalhamento. As normas de segurança no trabalho foram empregadas na tarefa. O indivíduo, no entanto, ousou demais no desafio!
A fatalidade foi o suficiente numa exclusiva escorregada. O trabalhador caiu das alturas a base quebrando-se no chão. Depois de cinco décadas, o temido prenúncio confirmou-se! A profecia cumpriu-se ao pé da letra.
As mães possuem desenvolvida sensibilidade. Estas conhecem as virtudes e vicissitudes dos frutos de seus ventres. Ouvir revela-se nobre sabedoria!
Os abusos e exageros embutem os germes da morte no cidadão. Em momentos e situações, um modesto e único cochilo revela-se o último!

Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.oficinamix.com.br/page/1160/

The maternal intuition


The mothers have accentuated and developed sixth feeling, on generality. The time confirms the announced and the shimmer like prophecy on the elapse!
A generator, since tender age accompanies the plain mania of the son. This, on the first incautiousness and all instant, behold himself dangling on the heights!
The recommendation, like presage, beholder itself effectuated: ‘Son! Descend from there! Someday you will fall and shatter!’ The advisement, in the juvenile wildfullness, was simplily ignored and useless!
The matriarch, on the advanced age, departed to the rest. The comrade, in middle to the courage and ability of the height, make one’s way towards on the building construction. Works and works sum up itself!
The shop of trees beholder himself in other task, like odd-jobs. The plants, the hundred on the cities and interiors, they beholder themselves harvested and pruned. The pare include risked ascents!
The pine tree, giant among the buildings and square places, claimed repairs. The work, in the norms of security was employed on the task. This dared on the challenge!
The fatality, on an exclusive sided was enough. The worker brooked himself on the ground of the height to the base. The feared presage, after of five decades confirmed itself!
The prophecy accomplished to the letter. The mothers have accentuated sensibility. This, of the results of the womb, they know the virtues and vicissitudes. The hear unveil noble knowledge!
The abuses and the exaggeration inlay the germs of the death. The modest and only lap, in moments and situations, revealed the exclusive and the last!

Author: Guido Lang
Book:"Tales of the Everyday Experiences"

Translator: Leandro Matias Müller

Image Credit: http://www.indike.com.br/dicas/2013/01/fui-morar-fora-por-causa-da-namorada-mas-tudo-acabou-psicologa-aconselha-leitor/escalar-montanha/

A exótica incursão


O proprietário, no velho potreiro, introduziu o reflorestamento. O trabalho urbano desestimulou o interesse pelas criações. O lugar demandou o reaproveitamento!
O residente, no investimento, enveredou na silvicultura. O dono, na ingenuidade do desejo de embelezamento e exploração, introduziu excêntricas espécies!
O eucalipto, o sempre verde e a uva japonesa foram escolhidos. O interessante ligou-se a agressividade. As espécies, na facilidade da pujança, ultrapassaram as originárias!
Os forasteiros, no inesperado, tornaram-se pragas. As aves, pelos campos e bosques, difundiam os intrusos aos quadrantes. O contraste, nos capões de matos, viu-se salientado!
As previsões, no futuro, despontam melindrosas. As excêntricas, infestando baixadas e morros, sobrepõem as naturais. A ruína de nativas vê-se acontecimento!
O fato, na condição humana, segue análoga sina. Os estranhos, nas comunidades e sociedades, suplantam os locais. Os costumes e tradições, nos mercenários, acham-se parcos!
A ideia incide em criar modas e suplantar habituais valores. Os acanhados, no receio, calam-se diante dos abusados. Os estranhos enveredam nas desatentas searas!
As gerações criam e instalam as respectivas revoluções. As civilizações solidificam-se sobre os escombros das ruínas!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://mapadecultura.rj.gov.br/pinheiral/ruinas-do-casarao/