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sábado, 11 de junho de 2016

A grandeza no gesto


As pessoas, na dezena de crianças e senhoras, esperavam na parada de ônibus. O circular, no usual horário, advinha no elevado número de passageiros. A estação, no conjunto da sociedade de consumo, caía no acentuado descarte (rejeites). As latinhas, papéis e plásticos, em bebes e quitutes, acudiam na espalhada e inventada lixeira. O ambiente, na inicial visão, advinha apinhado e emporcalhado de imundícies. O filho das colônias, na classe de próximo residente, extraiu sacola e tempo. A admiração e surpresa, no silêncio dos usuários, caíram na ressalva. O lixo, na situação de olhos acanhados e estarrecidos, vira-se avultado e ensacado. A imunda paisagem, no baque, angariou ares de asseio e civilidade. O gesto, na reflexão de usuais irresponsáveis, mexeu nos brios e usos. O sujeito, no lugar do convívio, delineou decência e nobreza. As briosas condutas, na assistência dos sobrecarregados ofícios públicos, encorajam auxílio e organização nos moradores.


Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://planetasustentavel.abril.com.br/

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