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sábado, 23 de janeiro de 2016

Os tesouros na terra


O ancião, nos noventa anos, empilhou cobiça e riqueza. Os prédios e terrenos, na distinta localização, incidiram em acúmulos e locações. A expansão urbana, no incipiente distrito e póstumo município, originou casual aconchego e fortuna. A grana, no ciclo das horas, caía na origem de dividendos e domínios. O sujeito, no exclusivo filho, tornou-se o abonado da povoação. A vida, na essência, decorria na economia e geração de cobre. As atenções e direções, no informal das conversas e preocupações, incidiam na ampliação de fazendas. A morte, na benzida idade, calhou no tempo. A fortuna, no sucessor, assistiu-se herdada e gozada. O tesouro, no amontoado e resguardado papel (moeda), inviabilizou em levar ao além. A extenuação, no epílogo da biografia, conduziu na pá de terra (no esquife e narina). A extinção, entre pobres e ricos, estabelece igualdade de naturezas. Os humanos, no meio social, inventam agitações e diferenças. A pessoa, em vida, deixa juízos e modelos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www2.ucg.br/

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