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domingo, 14 de agosto de 2016

As habituais conversas


Os usuários, no transporte coletivo (urbano), acorriam no hábito. As falas, nas paradas de ônibus, caíam nas ocasiões. Os próximos, no ritmo de espera (dos coletivos), acudiam de trocar ciências. As amizades, entre vizinhos, granjeavam vulto. A prática, no escasso tempo, desenhou mudança. O conforto, na técnica, mudou condutas. Os residentes, em vilas, afluem na expressiva condução própria. Os usuários, na globalização, trocaram praxes. O tempo, na espera, brota absorvido na conexão. As horas, no online (do celular) ou fone de ouvido, caem no zelo. O bate-papo, em “pérola”, calha na supressão. As pessoas, em lares ou vias, advêm no “feitio de autômatos”. A vida, em “ilhas perdidas no oceano do sustento”, avoca ares sociais. A solidão, no “choro da depressão e estresse”, cai no agravo das clínicas e ingestão de alívios. Os casuais diálogos, entre pessoais, advêm em lamúrias e reclamos. A norma reina: “Cada qual para si e Deus para todos”. Os humanos, em entes sociais, requerem contatos e convívios.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://br.freepik.com/

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