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domingo, 6 de março de 2016

O velho sonho


O cliente, na compra da casa e terra, vislumbrou ensejo de aplicação e melhoria. O porão, no espaço escuro e fresco, acorria no bom clima e recinto subaproveitado. O desleixo, em décadas, arrastava-se na peça. As aranhas e sapos, no baixo sótão, perpetravam esconderijo e festança. A vicissitude, na remoção de chão, incidia em afundar lugar. As férias, no sabor do calor, achegaram-se no direito e tempo. Alguma capitalização, no investimento, foi separada na compra dos materiais. O jeito, na contratação de pedreiro, foi “colocar mãos na obra”. A dupla, entre patrão e servidor, peleou alongadas e medidas horas. A extração de terra, edificação de murada e reboco nas paredes aconteceu nas jornadas. O lugar, no ocioso, assimilou ares de peculiar e precioso. O fato, na encanecida sina, confirma: “O despojado, nas folgas, afeiçoa em carregar pedras e perpetrar massa”. As reformulações, no habitual, associam atos e tarefas. O valor, em itens, conhece-se na dimensão do dispendido suor.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/porao

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