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domingo, 6 de março de 2016

O abjeto exemplo


O nativo, no aviso e fúria, quis ensinar aptidões e costumes. O gato, no usual ladrão, invadia cozinha e mesa. Os estendidos, em aroma de carne, caíam na degustação e evasão. O felino, no enjaulado do lugar, auferiria almejada e merecida sova. O animal e homem, no diminuto e fechado recinto, confrontaram-se na astúcia e coragem. O confronto, na criada batalha, foi digno de alvoroços épicos e excêntricos. O racional, no açoite (na mão), aventava de aplicar surra e blindar na ação. O gatesco, no ágil e desespero, externou audácia e fereza. O amo, na dimensão do bicho, apanhou feio. As mordidas e unhadas, na diminuta peça, exercitavam vigor da agilidade e guarida. O racional, no conceito de aparência de bruto, coagiu-se em abrir porta e soltar besta. A circunstância, na “se salva quem puder”, trasladou em “correr da raia”. Certas atitudes, no arriscado e exaltação, derivam em indigestas avarias. A pessoa, na inteligência, deve nunca desdenhar força dos acanhados e fracos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://saudali.com.br/

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