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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Os segredos dos porões


As habitações, no modelo de edificação dos antigos, caíam nos benévolos e extensos porões. As espessas obras, em madeiras e pedras, desafiam ações do tempo. Os ambientes, no decurso das estações e gerações, variaram valiosos paióis. Os residentes, em produções e petrechos, formaram depósitos e dispensas. Os utensílios, no abrigado e estirado, descrevem evolução das ciências e técnicas. Os ajuizados, no período da nacionalização (1939-1945), trataram de sepultar acervos (bibliográficos). Os poupadores, no numerário em reservas, versaram de soterrar jóias/moedas... Sensatas moradas, em colunas, inventaram de improvisar camuflados castelos e fortes. O ambiente, no extremo calor ou frio, assistiu-se no abrigo das intempéries. Os ataques, na mostra da Revolução Federalista (1893-1895), sinalizaram defesa e esconderijo. As famílias, no agradável do fresco e sombrio, trataram de consagrar atmosfera. Os porões, no padrão das edificações, contam ciência e fortuna dos idealizadores.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1438086

Imagem de Rene Hass, 2011.


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