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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O presságio dos galos


Os alaridos, na circunstância das localidades, sinalizam presença das criações. Os galos, nas caladas manhãs e tardes, apontam aparências e pátios. A cantoria, no alento da idade, exterioriza solicitação e volúpia.  O anseio, no camuflado, incide em aliciar ou manter harém. Os residentes, na vivência dos filhos das colônias, instituíram explicação e profecia. A crendice, na memória oral, transcorre gerações e paragens. A cantoria, na dicção abafada e demorada, corta ambiente e distância. O tempo, no ar rarefeito e calor infernal, assinala agouro e sufoco. A seresta, em três dias continuados no tom, delineia agonia e morte. Algum perecimento, no meio comunitário e circunvizinho, existiria no curso e fecho. A pessoa, no amparo final, vestiria alívio e destino. A natureza, no artifício da seleção natural, busca reciclar linhagens. Os agnósticos, nas arengas, discorrem ocasionais acasos. Os supersticiosos, no presságio, conferem escondida faculdade. As superstições, no usual, nutrem algum fundo de verdade.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://noticias.band.uol.com.br/

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